As intenções expressas de
públicar este artigo não são de enganar as pessoas despossuidas de ampla
cultura a cerca do tema maçônico;
numerosos fanáticos de todos os credos e organizações secretas trabalham
servindo a sórdidos interesses a serviço de uns poucos iniciados, porém faz-se
necessário se por a descoberto os
ensinamentos iniciáticos e a simbologia destas sociedades, deixando claro aos
testamenteiros dos farsantes, de que existem outros que também conhecem do
mesmo assunto (*)
Dos recompiladores das ideias
rosacruces e maçonicas podemos citar a Max Heindel, autor do livro
"Maçonaria e Catolicismo", de quem vamos tomar algumas citações sobre
o conteúdo ideológico que exponhe o autor, sem dúvida contaminado por
influencias externas dos possuídores da Sabedoría Esotérica, tomando ao
mencionado autor ao pé da letra como certas alegorias são passadas pelos sábios
da Antigüidade e errando na apreciacição dos conceitos dos quais fui incapaz de
compreender: "Assim, disse Caín, tú, Hiram, estás destinado
a morrer sem ver realizadas tuas esperanças; pela viúva lhe nascerão muitos filhos que manterão viva
tua memória ao rolar dos séculos até que aparecerá um maior que tú. Não
despertarás até que o Leão de Judá te levante com um poderoso rasgo de
suas garras. Hoje recebeste o batismo do fogo;
porém ele te batizará com agua e com o espírito; a ti e a todo filho da
viúva que a Ele vá. Será maior que Salomão e edificará uma Cidade e um
Novo templo aonde adoram as Nações.
Os filhos de Caín e as
filhas de Seth se encontrarão em Paz no Mar de Cristal. E assim como Melquisedec,
Rei de Salem e Sacerdote de Deus, ministro de Abraham, o Pai das Nações,
quando a Humanidade estava todavía em sua infância, assim a nova luz reunirá em
sí os oficios do rei e Sacerdote da ordem de Melquisidec. Julgará as
Nações com a Lei do Amor e a qual vencer será dada uma pedrinha branca e nela
está gravado um nome que servirá de chave para entrar no Templo, de onde se
verá ao Rei cara a cara".
Para poder comentar estas
breves linhas com absoluta claridade exige possuir-se não sómente o
conhecimento histórico da época, possuir-se alguns fundamentos teológicos
amplos e um certo domínio da Kabala hebraica, senão, que é preciso conhecer a
tradição alquímica e o suporte cabalístico contido no Antigo Testamento.
Recordemos que Caín é o primeiro filho de Eva, seu pai é a
"Serpente" chamada Samael;
e levam a semente da raça
criadora dos Servidores do Fogo (cainitas) que são operários e técnicos na
Antigüidade que entrarão em graves conflitos com os adamitas (descendentes de Adán)
que os invejavam por sua inteligencia. A tradição bíblica reconhece a
informação de que eles eram os Arquitetos da idade antiga. Examinaremos esta
palavra -arquitetos- desde o ponto de vista da cábala fonética com respeito a lingua-mãe,
grega e latina -ARCHETEKTON- a decompomos em duas palavras: ARCHE,
que significa materia prima (da qual se compõe a pedra dos Filósofos), também
conecta-se com o vocábulo ARCHEUM, que significa ARCANO, no
sentido da operação alquímica na elaboração da pedra filosofal.
TEKTON significa CONSTRUTOR,
fabricante, quem elabora algo.
Unindo estas duas palavras
obtemos a palavra ARQUITETO que não é somente quem constrói edificios, senão também quem possuía na Antigüidade o
conhecimento dos arcanos alquímicos. Por tanto ARQUITETO é sinônimo de ALQUIMISTA
no jargão tradicional da Maçonaria.
HIRAM, o descendente de
Caín, é o protótipo do "macho" puro. É viril e poderoso;
portanto é o símbolo do Enxofre alquímico. Há de se evitar a confusão
cabalística entre "vir" macho e "vis" força, que sempre vem
conjugadas, na Alquimia, no enxofre morre na primeira conjunção. Nascendo, sua
cor é de fuligem negra e por isso você não pode ver jamais suas esperanças realizadas.
Submetido a tratamentos térmicos mediante a alternação dos processos de secagem
e umidificação da alquimia ele renasce, convertendo-se no poderoso Leão de
Judá, rei da selva, capaz de rachar o solo com uma única patada que ruge ao
despertar graças a ajuda do grande ajudante catalítico e salino elaborado da
rosa cruz. Usualmente se utiliza a via seca
(caminho da mão direita), também chamada de batismo de fogo, ou o
batismo de METE na religião dos mistérios da época romana.
Não nos esqueçamos de que a
linguagem mais diplomática é o Frances, pois tendo evoluído do latim ainda
conserva muitas agregações de suas raízes (gregas) conservando alguns
significados até a atualidade. Rosa Cruz em Frances se escreve ROSE-CROIX,
palavras que tem o mesmo som que ROSEE (orvalho) e CUIT(cozido), do que se
elabora os três catalisadores na
alquimia tradicional (atenção aos que fazem parte das correntes 93!, a despeito
da alquimia na magia sexual). O caput mortuum é transformado no selvagem e
poderoso Leão de Judá.
O batismo da água simboliza
por um lado a via úmida do Azot, assinalada por todos os experts que
pretendem introduzir o neófito por esta tortuosa e lenta brecha; contudo, a citação do texto tem o significado
das inibições alquímicas do Azot pelo citrino mercúrio que o transforma em uma
goma arábica (sulfurosa) que nos mata a sede, permitindo desta forma travar o
combate contra o mercúrio verde, sem precisar chafurdar nos cenários úmidos e
pegajosos nos que se desenvolve o ígneo combate entre a rêmora e a salamandra.
Os Adamitas (filhos de Adão) são
pessoas muito espiritualizadas; estão as serviço de Jehová e formam a casta
sacerdotal da antiguidade, conforme o passar do tempo passam a invejar os
Cainitas, julgando-se incapazes de dominar a tecnologia dos mesmos, o coração
deles se endurece chegando a ruindade e levando-os ao enfretamento fratricida
que se mantém ao longo do tempo da construção do templo.
As características físicas dos
povos Adamitas são de conformação puramente femininas, o que os fazem evitar o
"Batismo de Fogo". Ao batizarem-se com água tentam manter viva a idéia
de que não se pode misturar as raças. Na
pira batismal se evocava o espírito da Lua para os filhos de SET. Esta pira é
conhecida na bíblia como mar de bronze. E a água batismal se transforma no próprio
sangue menstrual (os mistérios da transubstanciação da missa, "a água se
convertendo em sangue ou vinho por analogia") também conhecido como Mercúrio
Citrino. Para evitar o acesso ao Mercurio citrino do mar de bronze, se proibi
aos cainitas acesso ao templo, assim como Caim foi expulso do Jardim do Eden e condenado a vagar por todo o
universo conhecido.
Salomão, um rei sábio conhecia
a maquinações de seus súditos adamitas e os homens de Hiram, cainitas.
Demonstrando sua sabedoria abstendo-se de intervir nas desavenças, esperava que
fracassa-se o plano Hiramico de penetrar no mar de bronze por ele idealizado, e
completar suas mágicas propriedades. Salomão não gostava de Hiram, por conta do
mesmo haver-lhe lhe tomada a noiva que era a Rainha de Sabá, com ela se casou e
teve uma numerosa descendência.
O mar de Bronze estava cheio
de água batismal como proteção ante ao elemento fogo. Hiram rastejou para
dentro do templo com intuito único de enche-lo de metal ardente, esquecendo-se
porem de deixar a água escoar, ao derramar os frascos no interior do recipiente
foram registrados poderosos abalos, que faziam tremer céus e terras enquanto os
líquido se misturavam. Estremecendo frente ao caos imperante Hiram cobriu o
rosto.
Do centro da amalgama em
formação pela mistura dos líquidos surge a trovejante voz de Caim ordenando a
Hiram a mergulhar no mar de bronze. Hiram obedece ao que lhe fora ordenado,
neste momento sente-se como se tivesse desintegrado enquanto atravessa os nove
portais do conhecimento, até ficar adiante da presença de Cain.
Este entrega a Hiran, uma nova
palavra, um novo martelo e um anel com as instruções para fazer a mistura da água
e do fogo de maneira correta.
Levantando os véus para os não
iniciados, podemos observar que os Adamitas representam o Mercurio, tão afetado pelas
influencias lunares e astrais no curso da elaboração pétrea da Grande Obra.
A tríplice imersão do Mercúrio
no orvalho libera o citrino, ou sangue menstrual que recebe o enxofre, pouco a
pouco. e o prepara para batalha que é a fervura, vapor. O resultado destas nove
batalhas é a pedra branca citada em vários textos simbólicos alquímicos.
Conhecida como FIAT no Genesis. Chave do templo e futura esposa dos reis dos
metais, com quem o operador se verá cara a cara, e pelo qual chamará intensamente
durante a longa elaboração da pedra filosofal. O anel e o martelo obtidos por
Hiram tomam a forma da Rosa e da Cruz, símbolos herméticos e chaves da via seca
na elaboração da pedra. A remora tem forma circular e se coloca no fundo da
mistura nesta composição, igual a São Pedro que fora crucificado de cabeça para
baixo.
EPÍLOGO
Aproveita este conhecimento para o
desenvolvimento de sua liberdade e inteligencia criadora. Liberte-se da prisão psiquica dos fanaticos e
loucos que pretendem possuir a razão de todas as coisas em suas verdades unícas.
Ponha suas forças em sua mente e não busques a alquimia visando lucro, se não
pelo serviço altruista cujo o espirito se manifesta em todos os autores desta
ciencia tradicional. A liberdade começa por ti mesmo, desfrute dela, e ensina
aos demais a dela desfrutarem tambem.
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