O principio do "nada criativo".
Hoje em dia estamos sendo
assaltados por um serie de descobertas desconcertantes, como se alguém
tivesse retirado a tampa do baú da genialidade humana. Não obstante os
descalabros em sentido ao contrário que me fazem depositar "muita fé"
(perdão pela licença poética) no princípio involutivo ( não se trata de
um erro, é apenas um novo verbete de criação própria, e aqui colocado de
forma bem pensada.) da humanidade.
Na área quântica então parece
que entramos em uma revolução por hora, são os bóson de higgs a nos
dizer que um campo ou uma partícula básica de criação, os strangelets a
fundir a mente dos seus descobridores a cada choque de micro partículas
atômicas enquanto se tenta entender porque diabos uma partícula precisa
ser tão anômala a cada lugar em que se manifesta, e por aí vai.
E
eu tenho a impressão de que esta corrida de genialidade e descobertas
esta em um crescente, e de que ela não vai parar. Por um lado isto é
bom, afinal teremos daqui para frente mais pessoas com a mente presa em
descobrir fontes de energia limpa por exemplo, do que ligadas a
exploração de combustíveis fosseis, mas por outro lado, tendemos a
criação de tanta informação que chegaremos a uma hora de que teremos um
"big crunch", uma quebra, uma ruptura, provocada pelo excesso de
informação não trabalhada.
Não tenho idéia de onde poderá nos
levar esta Babel de informações, e para nos defendermos deste desfecho
pouco salutar só vejo uma solução, e por isso deixo aqui um aviso.
Não podemos nunca nos deixar levar por um frenesi de descobertas tipo
um bando de tubarões em frenesi alimentar, estamos trabalhando sempre
com partículas menores que o átomo que continuam mantendo um
comportamento altamente caótico, a mecânica quântica pode se parecer com
tudo, menos com uma mecânica ao pé da letra. Talvez não exista um
ordenação mínima a nos apegarmos para o entendimento de seu
funcionamento.
Estamos lidando com o caos, e este não precisa de
explicação. Mas se parece com uma folha de papel em branco como esta na
qual escrevo este texto, ele aceita tudo aquilo que quisermos imprimir,
até mesmo palavras inexistentes como a colocada acima e que tanto
chocaram vossos olhos ao por ela passar.
Isto mesmo, qualquer
expressão é cabível no caos e uma vez aceita por ele, ela se torna um
expressão valida e contextual tal qual a palavra criada, ela agora
existe para mim e para todos que leram esta resenha, ela agora faz o
maior sentido mesmo ainda não tendo sido colocada em um dicionário, mas
ela esta lá, vocês que a leram se lembraram dela, um dia em um papo, em
um cafezinho ou qualquer outro momento aprazível ou não.
Aqui esta o grande paradoxo que estamos temerariamente perdendo de vista. o paradoxo do "nada criativo".
E se não estivermos descobrindo nada, e em nosso contato com o caos
estejamos somente imprimindo nele nossas expressões mais internas, e nos
deixando levar por egos inflamados confundindo meras "paginas impressas
no caos quântico" com "descobertas sobre o funcionamento do caos" ? Não
existe uma verdade absoluta, pois tudo é real. A física quântica nos
mostra a cada dia que se foi pensado então existe.
Se mudarmos o
paradigma e ao invés de denominarmos tudo o que se observa como
descoberta passarmos a ver a coisa com o enfoque de criação ? Esta
poderia ser uma ótima solução. Pois assim estaríamos nos adaptando a
lidar com um novo universo ao invés de simplesmente tentar desmontar
aquilo que ainda nem arranhamos no entendimento.
Se já conseguimos
observar o "vácuo quântico" (onde vemos que há o vazio de vazio, e um
comportamento estranho nesta lacuna de tudo), e também se obter "Pedras
do tempo" (o primeiro estado da não matéria), então podemos tentar
simplesmente fazer mesas de vácuo quântico e jogar dados feitos de
pedras do tempo sobre ela.
Claro que aqui me expressei de forma
alegórica. Mas fica esta pequena dica a quem interessar possa. No meu
modo de ver, estamos somente começando nosso trato com o caos, e creio
que devemos nos aproveitar disto.
Devemos tomar consciência neste
momento de nosso poder criativo e de o quanto podemos fazer com ele, a
janela foi aberta, basta somente expiarmos a paisagem lá fora, ver o dia
bonito que podemos criar para dai tomarmos coragem de abrir a porta de
casa e vir para a rua brincar com a inspiração.
No campo das
ciências devemos ser sérios, mas no plano quântico não podemos ser tão
rígidos com relação aos resultados. Afinal o que é quântico, é ao
contrario do que é mecanicista, logo fica a dica, não devemos levar a
vida tão a serio , afinal não conseguiremos sair vivos dela de qualquer
maneira.
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