Devemos aprender a escutar a voz de nossa consciência, aprender a burlar
as interferências entre ela e nosso ego e trabalhar com ela. Criamos
nossa realidade conforme nossas crenças e expectativas, portanto devemos
examiná-las cautelosamente. Se não gostamos de um aspecto de nosso
mundo, devemos então examinar nossas próprias expectativas.
A
formação do nosso mundo é uma réplica fiel de nossos pensamentos... Se
tivermos para nós sugestões coerentes e não contrárias a nós mesmos
sobre uma situação, enviamos nossa própria munição telepática para uso
positivo. Devemos aprender como deter ou apagar as interferências de
nossas comunicações interiores. Devemos frequentemente nos dizer
"Somente reagirei às sugestões positivas, ou seja aquelas que não
contenham um advérbio de negação em sua construção”. Isso nos dá munição
positiva contra nossos próprios pensamentos negativos e os dos outros.
Uma sugestão negativa, quando não apagada, irá quase que certamente
resultar em uma condição negativa. Digamos a nós mesmos "Isto está no
passado. Isto é um novo momento agora, este agora novo, pois em verdade
no instante atual estamos operando o momento de nossa última escolha, e é
neste momento que tudo pode ser mudado."
Não adianta reprimir
pensamentos negativos tais como medos, raiva, ou ressentimentos. Devem
ser reconhecidos, enfrentados, e substituídos. Reconheça o ressentimento
quando ele é sentido, Veja sua fonte inicial em você e trate-a de peito
aberto e verdadeiramente. O reconhecimento inicial deve ser feito.
Então reconhecer o problema em nós mesmos ao invés de projeta-lo como
uma falha do outro, é o primeiro passo para a cura.
Devemos
observar os retratos que pintamos com a nossa imaginação. Nosso ambiente
e as condições de nossas vidas a qualquer dado momento é o resultado
direto de nossas expectativas íntimas. Se imaginarmos circunstâncias
medonhas, saúde ruim ou solidão desesperada, estes serão
"automaticamente" materializados, pois estes pensamentos por si só
produzem as condições que darão a eles uma realidade em termos físicos.
Para termos boa saúde, devemos então imaginá-la tão vívida como
medrosamente imaginamos a doença.
Criamos nossas próprias
dificuldades. Isto é verdadeiro para cada indivíduo. O estado
psicológico interno é projetado para o externo, ganhando realidade
física - o que quer que possa ser o estado psicológico... As regras se
aplicam a todos. Sabendo disso, devemos tentar entender qual o nosso
estado psicológico e mudar nossas condições para nosso próprio
benefício. Não podemos escapar de nossas próprias atitudes, pois irão
formar a natureza do que vemos. Se tiver que ocorrer mudanças, deverão
ser de ordem mental e psíquica. Estas serão refletidas em nosso
ambiente.
Atitudes negativas, receosas, medonhas ou degradantes
voltadas para qualquer um, funcionam contra o eu. Se um indivíduo vê
somente o mal e a desolação no mundo físico é porque está obcecado com
ambos e os projeta para o externo fechando seus olhos aos outros
aspectos da realidade. Se desejarmos saber o que pensamos de nós mesmos,
devemos nos perguntar o que pensamos dos outros e então acharemos a
resposta.
O verdadeiro autoconhecimento é indispensável à saúde e a
vitalidade. Reconhecer a verdade sobre o eu significa simplesmente que
primeiro devemos descobrir o que pensamos de nós mesmos de modo
subconsciente. Se for uma boa imagem, amplie. Se for uma pobre,
reconheça que é somente uma opinião que temos tido de nós mesmos e não
um "estado absoluto”. Não somos nossas emoções. Somente fluem através de
nós, as sentimos e então desaparecem. Quando tentamos ocultá-las
intensificam-se. Somos independentes de nossos pensamentos e emoções.
Temos emoções. Utilizamos nossos pensamentos e emoções em nossa
composição mental. Devemos aprender a confiar em nossa própria natureza
espontânea. O nosso sistema nervoso sabe como reagir. Ele reage
espontaneamente quando permitimos a ele fazê-lo.
É somente quando
tentamos negar as nossas emoções que elas se tornam um problema. Há uma
disciplina que nos escapa por completo, e uma ordem além de qualquer uma
que conheçamos. A natureza toda é espontânea. Nossos corpos serão
automaticamente saudáveis se nós não projetarmos falsas idéias sobre
eles. A ação aceita todo estímulo de maneira afirmativa. Eis porque uma
doença é aceita por uma estrutura de personalidade, e uma vez ocorrendo
isso, um conflito se desenvolve. O eu não quer abrir mão de uma porção
sua mesmo enquanto ela possa estar atormentada e desvantajosa. Sintomas
físicos são comunicações do eu íntimo, indicações de que estamos
cometendo erros mentais de uma forma ou de outra. Não esqueça de que
somos uma parte do eu íntimo. ELE NÃO ESTÁ NOS USANDO! O que devemos
fazer então é mudar nossa atitude mental, buscar em nós mesmos o
problema interno representado pelos sintomas, e medir nosso progresso
conforme forem diminuindo.
Nos subestimamos ao pensarmos que somos
somente um organismo físico vivente dentro dos limites lançados sobre
nós pelo tempo e espaço. Devemos aceitar a vida em seus termos e não
exigir que ela se comporte de certas maneiras. Devemos aceitá-la
alegremente como sua própria razão e causa em nós. A vida é abundante,
vigorosa e forte. Cada um de nós possui sua própria defesa contra
sugestões negativas e devemos mostrar confiança em nossa própria
imunidade.
Somos indivíduos singulares. Nós formamos nosso ambiente
físico. NÓS CRIAMOS E MUDAMOS NOSSO MUNDO. Somos parte de tudo o que
há. Não há um lugar sequer em nós onde a criatividade não exista.
Devemos viver na certeza de que o nosso propósito é, e será cumprido. A
singularidade de nossa própria personalidade é para ser tratada com
carinho. Os propósitos particulares de sua presente personalidade só
podem ser cumpridos nas presentes circunstâncias na forma que melhor
abrange tudo. As pessoas que podemos ajudar agora e o bem particular que
possamos fazer, jamais serão feitos precisamente da mesma maneira. Ao
longo das idades, alguns têm reconhecido o fato de que há
autoconsciência e propósito nos estados de sonho e sono, e tem mantido,
mesmo na vida desperta, um sentido de continuidade do eu interior. Eles
estão muito cônscios de si mesmos como sendo mais. Para tais pessoas não
mais é possível identificarem-se com a consciência do ego. Quando tal
conhecimento é adquirido, o ego é capaz de aceitá-lo, pois ele descobre
para sua surpresa que não é menos consciente, porém mais, e que suas
limitações são dissipadas.
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