Magia, a ciência do século XXI!
Introdução
A todo o momento em nossas vidas desejamos que a nossa realidade se alterasse como um passe de mágica. Almejamos, por vezes, que uma varinha de condão agisse em cima de nossos problemas e os solucionassem em segundos de tempo cronológico.
O que podemos fazer para mudarmos nossa realidade? Como se explica alterações inesperadas no comportamento das pessoas ao nosso redor? O que as influências da natureza têm a ver com os nossos destinos?
O físico David Bohm não aceitava que as partículas subatômicas não possuíssem uma existência objetiva e, intrigado com o "mundo quântico", começou a suspeitar que devessem existir causas ocultas por trás do acaso ou irracionalidade da natureza no universo das partículas. (*)
Essas causas ocultas que ele se refere são os meios que não podem ser explicados pelas teorias aceitas e entendimentos da ciência e da sociedade. A elas, e suas variações para gerar mudanças em nós mesmos e no mundo, damos o nome de Magia.
O propósito deste trabalho é desvendar parte dos mistérios que se escondem nas práticas mágicas, utilizando das leis já conhecidas pelo homem descritas pela Física Quântica e Metafísica.
Objetivo
Correlacionar e explicar o funcionamento da magia, usando os princípios conhecidos da Física Quântica e da Metafísica.
Conceitos
Física Quântica:
A Mecânica Quântica é a parte da física (mais particularmente, da física moderna) que estuda o movimento das partículas muito pequenas. O conceito de partícula "muito pequena", mesmo que de limites muito imprecisos, relaciona-se com as dimensões nas quais se começam a notar efeitos como a impossibilidade de conhecer com infinita acuidade e ao mesmo tempo a posição e a velocidade de uma partícula. Os ditos efeitos chamam-se "efeitos quânticos".
Assim, a Mecânica Quântica é a que descreve o movimento de sistemas na qual a dualidade onda-partícula é relevante.
No mundo que vivemos, ondas são muito diferentes de partículas. Porém se tivéssemos o tamanho de átomos, tudo se comportaria como uma onda de vez em quando e como partícula outras vezes. Essa foi uma das conseqüências mais bizarras da física quântica.
A compreensão desta teoria é importante para que se tenha uma nova visão de como a ciência observa o mundo natural. O objeto de estudo desta teoria são os sistemas físicos que estão além da percepção sensorial comum.
Os Princípios da Teoria Quântica são:
1º. Princípio da Incerteza de Heisenberg: Nenhuma partícula pode ter valores bem definidos para posição e velocidade ao mesmo tempo.
2º. Princípio da Exclusão de Pauli: Dois elétrons não podem fazer a mesma coisa ao mesmo tempo, o que inclui ocupar o mesmo espaço e o mesmo spin.
3º. Princípio da Complementaridade: Diferentes montagens experimentais para verificar um dado comportamento, geram conclusões diversas que não podem ser tomadas simultaneamente.
Metafísica:
Segundo o físico Amit Goswami, desde o início a física quântica tem sido metafísica. De acordo com a metafísica, somos todos um, trocamos partículas o tempo todo com todos e com tudo. Tudo está interconectado a tudo.
O Modelo de Bohm diz que existe um campo que age sobre a partícula por meio de um potencial quântico, que tem estranhas propriedades, e uma delas é que ele nem sempre diminui com a distância, muito pelo contrário, pode ser muito forte a grandes distâncias. Bohm chamou a isto de não-localidade. Além do mais, o potencial quântico é uma função, não dos estados das partículas, mas determinada num espaço multidimensional a partir das propriedades do todo.
As relações entre as partes derivam do todo; e o todo é, neste sentido, anterior às partes. Em um universo holográfico, mesmo o tempo e o espaço não podem mais serem vistos como fundamentais. Porque conceitos como localização se quebram diante de um universo em que nada está verdadeiramente separado de nada. A realidade é o holomovimento, o movimento da totalidade, que contém todas as coisas em vários estados de ser, implícitos nas regiões do espaço tempo.
Rupert Sheldrake diz que os campos morfogênicos são construídos por meio de capacidades que se acumulam à medida que os membros de uma mesma espécie aprenderam um determinado tipo de comportamento.
O Modelo de Wigner diz que a realidade é criada pela consciência. Os objetos físicos não têm atributos se um observador consciente não estiver olhando (pensando) para eles. A consciência é particular a cada um que tem acesso a parte da consciência geral. A consciência é a nossa capacidade de compreender no mínimo a noção de identidade universal.
Com a razão compreendemos a realidade paulatinamente, e com a consciência compreendemos a realidade na totalidade. Constrói-se a razão a partir do conhecimento, da cultura material, do raciocínio, intelecto e entendimento. Constrói-se a consciência através do conhecimento interno, do autoconhecimento, da cultural espiritual, compreensão e inteligência.
O ser humano vale muito pelo que sabe, muito mais pelo que sabe e sente e muito mais ainda pelo que sabe, sente e faz.
Magia:
“A magia envolve a manipulação da realidade, em direção a um fim desejado, por meio de métodos que não podem ser explicados pelo paradigma científico atual.” - Oberon Zell Ravenheart
“Magia é a melhoria da probabilidade.” – Anodea Judith
“É a ciência e a arte de fazer com que as mudanças aconteçam de acordo com a vontade.” - Aleister Crowley
A Magia é a “Arte e ciência de focalizar sua vontade e emoções para causar uma mudança, tanto no mundo a sua volta, quanto no seu mundo interior. A magia, em si, não é nem boa nem má, nem positiva nem negativa. É o uso do poder que determina a direção que ela tomará.” - Silver Ravenwolf
A Magia “Baseia-se inteiramente na capacidade de exercer a influência sobre o nosso meio. Enquanto a magia está, de forma inerente, voltada ao crescimento espiritual e a transformação psicológica, a vida espiritual também deve estar firmemente solidificada em bases materiais. Com a Magia aumentamos o fluxo do Divino em nossas vidas e no mundo a nossa volta. Nós somos a beleza de tudo, pois para trabalhar a magia precisamos estar em harmonia com as leis da natureza e da psique. A magia é o florescer do potencial humano.” - Raymond Buckland
“O TODO é MENTE; o Universo é Mental “– O Caibalion
Se o Universo é Mental na sua natureza, a transmutação mental pode ser considerada como a arte de MUDAR AS CONDIÇÕES DO UNIVERSO, nas divisões de matéria, força e mente.
Assim compreendereis que a transmutação mental é realmente a Magia de que os antigos escritores muito trataram nas suas obras místicas, e de que dão muito poucas instruções práticas.
Metodologia
A ciência moderna nos diz que o que acontece dentro de nós é o que vai criar o que acontece fora. Existe uma realidade física que é absolutamente sólida, mas só começa a existir quando colide com outro pedaço de realidade física.
Os efeitos quânticos, em que as características das ondas e partículas, os blocos de construção elementares no nível atômico, estão sujeitas a probabilidades e, em certo sentido, são imprevisíveis. Tudo existe como possibilidade. O homem tem que tornar a possibilidade em probabilidade que, quando chegar a 100%, torna-se realidade.
A evidência experimental mais forte do comportamento quântico é fornecida pelo fenômeno da interferência. A interferência entre possíveis percursos que uma partícula pode percorrer resultará em uma distribuição de probabilidades com mínimos e máximos bem pronunciados, onde é mais provável que uma partícula seja detectada em uma posição do que em outra.
A interferência é classicamente uma propriedade das ondas. Ela ocorre quando amplitudes ou perturbações de diferentes fontes se encontram e se combinam, somando em alguns lugares e subtraindo ou cancelando em outros.
Na mecânica quântica os estados dos objetos são definidos de modo inteiramente diverso, por meio das chamadas funções da onda.
A mecânica quântica não se refere a partículas definidas do sentido tradicional clássico, em vez disso, trata-se de estados e amplitudes. Se você eleva ao quadrado uma amplitude, obtém uma distribuição de probabilidades, que dá a probabilidade de se obter vários resultados ao se fazer uma observação e uma medição. A probabilidade de se fazer uma observação é dada pelo quadrado da sua função de onda.
A função de onda é uma função matemática que representa todas as possibilidades que podem suceder a um sistema observado quando interage com um sistema de observação.
O ato de observar provoca o colapso da função de onda, o que significa que, embora antes da medição o estado do sistema permitisse muitas possibilidades, apenas uma delas foi escolhida pelo processo de medição, e a função de onda modifica-se instantaneamente para refletir essa escolha.
Uma partícula pode colher a energia de que precisa sem que ela tenha de vir de algum lugar; ela simplesmente aparece como flutuação quântica. Essas flutuações são conseqüência da relação de Incerteza: a quantidade de energia que se tem é incerta e quanto menor o tempo que você a possuir, mais incerta a quantidade será. Na mecânica clássica a energia pode ser transferida de uma forma para outra, mas energia total de um sistema é constante. Isto é uma verdade absoluta na mecânica clássica, diferente da mecânica quântica.
Os padrões de onda de probabilidade em última instância não representam probabilidade de coisas, mas de interconexões. Por princípio, a teoria do universo interconectado é explicada através do conceito de campo, do conceito de memória holográfica, onde a parte contém o todo e do conceito de vácuo quântico que é uma estrutura fervilhante de partículas de vida curta.
A não-localidade é uma propriedade fundamental do universo comprovado, tanto no nível quântico, quanto a nível macroscópico, responsável por interações instantâneas entre todos os fenômenos. É uma conseqüência da teoria do campo unificado. O teorema de Bell estabelece que uma informação passa instantaneamente entre as partículas separadas no espaço e a velocidade com que se comunicam é estimada em menos de um bilionésimo de segundo, cerca de vinte vezes mais depressa que a velocidade que a luz viaja no espaço vazio.
Diz o Princípio da Inseparabilidade que tudo está ligado a tudo. Não há o que passa e não há aquilo que faz passar. Só há passagem. Todo o universo estaria vivo e formaria um todo não passível de divisão. A consciência seria uma conseqüência imediata da complexidade das relações que um princípio inteligente em seu processo evolutivo estabeleceria com outras entidades e objetos que o cercam.
A consciência é incorporada na física quântica como o escolhedor da realidade, entre as possibilidades existentes. A consciência é a base de tudo, pois existe uma consciência cósmica que colapsa as possibilidades, ou seja, é o mesmo que dizer que nós temos o poder de provocar esse colapso com a nossa consciência.
De acordo com os filósofos da Índia, todo universo é composto de dois materiais, um dos quais eles chamam de Akasha. Ele é a existência onipresente, que em tudo penetra e tudo permeia. Todas as coisas que têm forma, todas as coisas que resultam de combinação, evoluíram desse Akasha. É o Akasha que se torna o ar, que se tornam os líquidos, que se tornam os sólidos; é o Akasha que se torna o Sol, a Terra, a Lua, as Estrelas, os Cometas; é o Akasha que se torna o corpo humano, o corpo animal, as plantas, cada forma que vemos, tudo que pode ser sentido, tudo que existe. Ele não pode ser percebido; é tão sutil que está além de toda a percepção ordinária. Ele só pode ser visto quando se tornou espesso, quando tomou uma forma. No princípio da criação, há somente esse Akasha. No final do ciclo, o sólido, os líquidos e os gases fundem-se todos novamente em Akasha, e a criação seguinte procede de maneira semelhante.
Há uma explicação para os fenômenos que intrigam os atuais investigadores na linha de frente da ciência. Podemos entender quais processos estão subjacentes à coerência não-local do corpo humano, de toda a vida, do quantum e do universo inteiro. É a presença da informação por todo o Cosmos, transportada e transmitida pelo campo universal da informação que chamamos de Campo Akáshico.
A ação desse campo sutil, mas real, explica a não-localidade das menores unidades mensuráveis do Universo, assim como de suas maiores estruturas observáveis. Explica a coerência do cérebro humano e da coerência associada a ele, com relação ao cérebro e a consciência de outros seres humanos, e até mesmo do mundo em seu todo. Os fenômenos transpessoais e transculturais não estão limitados ao contato e à comunicação entre a consciência e povos diferentes; os efeitos repetíveis e mensuráveis também podem ser transmitidos da consciência de uma pessoa para o corpo da outra.
Isto acontece através de uma conexão sutil, quase instantânea, chamada "in-formação", não evanescente e não energética entre coisas em diferentes locais do espaço e eventos em diferentes instantes do tempo. Tais conexões são denominadas “não-locais” nas ciências naturais e “Transpessoais” nas pesquisas sobre a consciência. A "in-formação" liga coisas (partículas, átomos, moléculas, organismos, ecologias, sistemas solares, galáxias inteiras, assim como a mente e a consciência associadas com algumas dessas coisas) independentemente de quão longe estejam umas das outras e de quanto tempo se passou desde que se criaram conexões entre elas.
Assim, o campo de padrões de pensamento, qualia, em conjunto com as forças clássicas externas do ambiente, constituem a base de atração para um ponto determinado de um espaço específico, relativo ao cérebro. Qualia é esse atrator. Quando este ponto ocupa determinada base de atração, o indivíduo sente a experiência relativa ao padrão de pensamento associado.
Empregando a expressão “clausura operacional” de Maturana e Varela, diríamos que a nível físico, estaríamos enclausurados pela nossa pele, que nos delimita biologicamente. Ao nível psíquico, este limite é estabelecido pelo alcance da psicoesfera (mundo das possibilidades) e a nível mental, esse limite é o próprio universo, considerando as ondas quânticas mentais. Por isso, tanto a alma, não-material, como o corpo material são meras possibilidades dentro da consciência.
A magia, através da consciência, utiliza a projeção e manipulação das forças naturais por meio da vontade para aumentar as possibilidades de um evento tornar-se real.
As Leis da Magia são:
Lei da vontade humana, no qual o sucesso da magia depende da vontade convocada e dirigida pelo mago.
Lei da luz astral, que rege o princípio etéreo intermediário, que é a energia que permeia o Universo e que o mago pode acessar e usar para realizar mudanças à distância.
Lei do encadeamento, que liga o interior e o exterior, o material ideal, desde que haja diferença entre o microcosmo e o macrocosmo.
Lei da imaginação ou visualização, invocando poderes interiores e exteriores. Acredita-se que todas as leis da Magia possam ser reunidas em uma única grande lei ou princípio, o princípio da ressonância “Eco”, entre o mundo material, o mundo das idéias e o mundo espiritual. A ressonância no tempo, forma, conteúdo, freqüência e imanência (a qualidade essencial mais profunda das coisas materiais e imateriais) é o que torna a conexão significante. Os atos de magia usam conscientemente, por vontade própria, essas ressonâncias, mas a eficácia muitas vezes depende de ressonâncias maiores e, portanto, desafia as leis da causalidade normal (causa e efeito).
Ser mago é reconhecer que tudo está vivo e tudo está ligado.
A magia é um ato organizado, projetado e realizado para alterar as probabilidades na direção desejada; simplesmente, fazer que algo seja mais ou menos provável de acontecer. Há muitas técnicas para lançar magia. A idéia geral é reunir tantas correspondências, quanto possível, em um só lugar, para aumentar o nível das sincronicidades. Ao fazê-lo, alternam-se as probabilidades em um contínuo que parte da impossibilidade – improbabilidade – possibilidade – probabilidade – inevitabilidade – manifestação.
Existem dois tipos de Magia:
1- Teurgia ou Alta Magia: consiste na prática de magia cerimonial, composta de ritos de passagem (ritos iniciáticos, celebrações sazonais, morte, nascimento, casamento), rituais de necromancia e ritos com propósitos específicos, como de cura, prosperidade e amor.
Um ritual é, acima de tudo, um conjunto organizado de métodos e procedimentos que visam expandir a consciência do mago praticante a fim de estabelecer uma conexão do seu "Eu Superior" com o "Universo" para que todas as energias criadas e focalizadas durante o rito sejam, posteriormente, emanadas e enviadas de forma tal que o objetivo seja alcançado sem problemas e intervenções externas.
Para tanto, são utilizadas, na maioria das vezes, a fala por meio de cânticos, rimas, sons e músicas, bem como gestos e movimentos. Todos os objetos que são manuseados servem, primeiramente, para direcionamento total da energia do mago a um determinado fim, direção ou propósito. Além disso, por estarem previamente consagrados, carregam por si próprios uma quantidade energética que auxilia como uma bateria para o praticante.
O ritual dentro de um Círculo Mágico é basicamente um amplificador de energia que aumenta os efeitos das ações de uma pessoa. O Círculo é uma manifestação de energia cíclica em forma de vórtice.
Trabalha-se a magia concentrando a energia individual ou grupal na mesma direção, como um feixe de laser, para alterar os padrões de possibilidades de forma que as coisas que se quer que aconteça, tenha maior probabilidade de ocorrer. O poder da magia vem da vontade. Quando se faz magia nunca se diz: “Eu espero que tal coisa aconteça” ou “Eu desejo que tal coisa aconteça”. Deve-se dizer: “Isso Acontece!”, as palavras rituais para isso são: “Que assim seja!”. Há diversas etapas para se fazer um trabalho mágico no Círculo. A primeira é a declaração de intenção, quando a finalidade do trabalho é explicada e aceita pelos participantes. Depois vem a elevação do cone de energia, quando a energia de todos é combinada como força poderosa. A seguir vem a liberação de poder, quando é realizado o trabalho. No final deste texto é apresentado um ritual completo.
2- Taumaturgia ou Baixa Magia ou Magia Simpática é aquela praticada popularmente, pois não requer muitos procedimentos e, na maioria das vezes, não necessita de muito tempo para ser efetuado.
A Magia Simpática usa o princípio de que as coisas que tem afinidade umas com as outras influenciam e interagem entre si a distância e que as coisas que já estiveram em contato continuam a afetar uma a outra. Desta forma, podem ser utilizadas na magia, partes do corpo da pessoa, pois possuem o DNA dela, ou o nome completo escrito em folha branca.
Este tipo de magia é, por diversas vezes, utilizada durante a Magia Cerimonial (ver encantamentos no final deste texto).
Os magos pensam cuidadosamente antes de escolherem uma técnica de magia. Para isso fazem um plano espiritual considerando um plano de ação completo, do qual a magia torna-se uma parte. Um encantamento pode levar apenas uns minutos a fazer, mas sem um plano completo é o mesmo que atirar flocos de neve sobre um campo de fogo. Um plano espiritual completo inclui:
• Um pensamento lógico sobre o objetivo ou situação;
• A consideração de como as ações do mago afetarão a concretização do objetivo, da situação ou de outras pessoas (não interferir no livre-arbítrio das pessoas);
• A construção de um reforço positivo a volta do mago;
• A reprogramação da mente do mago para aceitar o êxito, através do pensamento, da palavra e da ação;
• O envolvimento do Espírito (energia global que rege o universo de forma harmoniosa), tanto quanto possível, naquilo que se pretende fazer;
• Não interferir no tempo de ação de uma magia, ela segue o caminho de menor resistência.
Discussão e Análise
O poder do mago ou feiticeiro vem, antes de tudo, da observação. Grande parte do conhecimento mágico é construída sobre a crença fundamental de que, se é possível compreender o fluxo de energia da Terra e como estas energias trabalham em harmonia, pode-se obter enorme percepção e poder. Observar, entre outras coisas, os padrões do clima, os padrões de migração dos pássaros e o comportamento das pessoas que o rodeiam, vale ao mago – aos olhos daqueles concentrados apenas na realidade da sobrevivência cotidiana – a fantástica capacidade mágica de ver o futuro.
Se considerarmos o princípio que “O TODO é MENTE; o Universo é Mental”, a verdade é que tudo é Mente. O TODO (que é a realidade substancial que se oculta em todas as manifestações e aparências que conhecemos sob o nome de universo material, fenômenos da vida, matéria, energia, numa palavra, sob tudo o que tem aparência aos nossos sentidos materiais) é incognoscível e indefinível em si mesmo, mas pode ser considerado como uma MENTE VIVENTE INFINITA e UNIVERSAL. Todo o mundo fenomenal ou universo é simplesmente uma criação mental do TODO, sujeita às leis das coisas criadas, e que o universo, como um todo, em suas partes ou unidades, tem sua existência na mente do TODO, em cuja mente vivemos, movemo-nos e temos a nossa existência.
A magia funciona porque tudo está ligado a tudo e o universo é mental, todos os elementos da vida – árvores, clima, emoções, pensamentos, palavras, a hora do dia, o momento do ano e o modo de se mover, estão intimamente conectados, entrelaçados dentro de um campo maior que nos rodeia e a mente tem acesso a tudo isso.
O que afeta um dos elementos, afeta todos, como é expresso no princípio fundamental escrito nas primeiras palavras de “A Tábua Esmeralda”, de Hermes Trismegisto:
“Aquilo que está acima é igual ao que está abaixo e aquilo que esta abaixo é igual ao que está acima, para atingir as maravilhas da coisa única”, que os magos reduziram para “Acima como abaixo” ou “Como dentro, também fora, como fora, também dentro”. Isso quer dizer que o macrocosmo é refletido no microcosmo e que, ao manipular o microcosmo se afeta o macrocosmo. Cada célula do corpo é uma versão em miniatura do eu da pessoa, que, por sua vez, é uma célula do corpo da Mãe-Terra, que também é uma célula do Universo, como num holograma.
A magia não manipula o campo que nos rodeia, apenas utiliza-a. No universo nada é estacionário, tudo está em constantemente se movendo e mudando. É esse movimento fluido que permite que a magia aconteça, pois por meio da mudança, podem-se criar novas realidades, conforme as forças da vida passam do caos à manifestação.
A magia funciona gerando uma função de onda que causa interferência na função de onda de outra pessoa e no universo para que as coisas aconteçam. Quando a magia é disparada, pela interconexão de tudo através do universo holográfico, ela atinge várias pessoas para a realização do evento. A isto é chamado sincronicidade.
A função de onda gerada não representa a realidade, mas o conhecimento acerca do sistema. Desta forma, o colapso da função de onda não é um evento físico real, mas uma mudança no conhecimento do sistema, ou seja, depende da observação da pessoa para quem a magia foi feita.
Para a função de onda atingir uma pessoa, deve-se fazer um qualia de pensamento, unindo o atrator, o mago, a base de atração, o indivíduo, que sente a experiência relativa ao padrão de pensamento associado. Isso acontece devido ao fenômeno de não-localidade, onde tudo está interconectado a tudo através do Campo de Informação que permeia o universo.
O sucesso da magia deve-se ao envio de uma função de onda com energia suficiente para afetar o indivíduo para quem está se fazendo a magia.
Para isso o mago pode utilizar vários meios, além da vontade pessoal, individual. Uma delas é utilizar apenas elementos naturais, como sons, odores, cânticos, mantras, cores e movimentos para expandir a consciência, o que facilita a interconexão com o campo que levará a função de onda responsável pelo sucesso da magia. O mago também pode fazer uso das forças naturais através da melhor escolha, por exemplo, da hora, data e fase da lua.
Outra forma é através da formação de um Círculo Mágico que é basicamente um amplificador de energia que aumenta os efeitos das ações de uma pessoa. Dentro dele, o mago pode se juntar a outros magos de forma a reunir maior quantidade de energia. Utilizam a energia da natureza através de materiais que simbolizem seus principais elementos: terra, água, fogo e ar, e expandem a consciência utilizando incensos, mantras e danças com cânticos.
Outro recurso utilizado é a visualização do que se quer, lembrando que os pensamentos também geram funções de onda. Num determinado momento o mago responsável une e combina toda a energia gerada através elevação do cone de poder, quando é mandado fazer o trabalho, dito na abertura do círculo, sempre de forma afirmativa. Neste momento a magia é encaminhada.
A teoria do campo morfogênico explica o modo como a natureza lembra as coisas, por isso os magos utilizam a mesma música, cântico ou o mesmo símbolo para acessar mais facilmente a energia gerada pelo uso constante para o mesmo objetivo.
O mago, através da sua vontade, é a pessoa chave que gera a função de onda responsável por iniciar o processo mágico. Por isso, o mago deve ter consciência do que está fazendo, deve ter bom senso e boa intenção, pois o seu maior propósito deve ser auxiliar no despertar da consciência dos seres humanos.
O mago tem responsabilidade de tratar a Terra com respeito, tratar uns aos outros de maneira excelente, energizar suas palavras falando a verdade sempre e ter tanta consciência quanto possível do seu comportamento.
Conclusão
As pessoas desde a antiguidade até os dias de hoje olham para a magia como coisa do demônio, porque os indivíduos bons que usam a magia, não são chamados de magos, são chamados de santos, mas tanto um como outro, aprenderam a colocar em prática o conhecimento sobre a magia.
Os ditos magos ou feiticeiros são pessoas que detêm o conhecimento através do uso da razão e fazem magia através do uso da consciência. A combinação de razão/consciência levou grandes magos a serem conhecidos pelos seus feitos.
Uma das coisas que aprendemos com este trabalho é que a tão misteriosa magia pode ser atualmente explicada através dos estudos de física quântica aliada à metafísica.
O mundo interconectado, onde todos somos um, que a magia sempre utilizou e foi excomungada por isso, está se tornando mais evidente a cada dia que passa. Vivemos num mundo holográfico onde a parte está no todo e nós somos parte deste todo que é o multiverso (universos paralelos). Quando observamos e participamos da vida, ela se torna realidade, como pura magia.
Outra coisa que este trabalho nos mostrou é o quanto a magia faz parte do nosso dia-a-dia. Somos os magos de nossas vidas! Fazemos magia o tempo todo sem nos darmos conta.
Quando nos esquecemos disso, deixamos a vida passar como um barco a deriva.
Quando queremos ser pilotos de nossa vida, projetamos nossos desejos para o universo e ele se encarrega para que as coisas aconteçam. Isto é magia. Os ditos magos aprendem a usar a energia da natureza, das pessoas, do próprio universo para que a informação desejada por ele chegue sem ruídos e sem interferências onde ele determinar, como na transmissão de um canal de televisão, onde as pessoas sintonizadas recebem a imagem e o som de forma clara e direta.
Quando trazemos a consciência para a vida, quando somos observadores do mundo ao nosso redor, criamos a realidade e, isto é viver.
Viver é um ato de magia.
E, quem está por detrás da magia? Já dizia Max Planck:
“Não há matéria como tal! Toda a matéria se origina e existe apenas em virtude de uma força. Devemos pressupor por trás desta força a existência de uma Mente consciente e inteligente. Essa mente é a matriz de toda a matéria”.
Introdução
A todo o momento em nossas vidas desejamos que a nossa realidade se alterasse como um passe de mágica. Almejamos, por vezes, que uma varinha de condão agisse em cima de nossos problemas e os solucionassem em segundos de tempo cronológico.
O que podemos fazer para mudarmos nossa realidade? Como se explica alterações inesperadas no comportamento das pessoas ao nosso redor? O que as influências da natureza têm a ver com os nossos destinos?
O físico David Bohm não aceitava que as partículas subatômicas não possuíssem uma existência objetiva e, intrigado com o "mundo quântico", começou a suspeitar que devessem existir causas ocultas por trás do acaso ou irracionalidade da natureza no universo das partículas. (*)
Essas causas ocultas que ele se refere são os meios que não podem ser explicados pelas teorias aceitas e entendimentos da ciência e da sociedade. A elas, e suas variações para gerar mudanças em nós mesmos e no mundo, damos o nome de Magia.
O propósito deste trabalho é desvendar parte dos mistérios que se escondem nas práticas mágicas, utilizando das leis já conhecidas pelo homem descritas pela Física Quântica e Metafísica.
Objetivo
Correlacionar e explicar o funcionamento da magia, usando os princípios conhecidos da Física Quântica e da Metafísica.
Conceitos
Física Quântica:
A Mecânica Quântica é a parte da física (mais particularmente, da física moderna) que estuda o movimento das partículas muito pequenas. O conceito de partícula "muito pequena", mesmo que de limites muito imprecisos, relaciona-se com as dimensões nas quais se começam a notar efeitos como a impossibilidade de conhecer com infinita acuidade e ao mesmo tempo a posição e a velocidade de uma partícula. Os ditos efeitos chamam-se "efeitos quânticos".
Assim, a Mecânica Quântica é a que descreve o movimento de sistemas na qual a dualidade onda-partícula é relevante.
No mundo que vivemos, ondas são muito diferentes de partículas. Porém se tivéssemos o tamanho de átomos, tudo se comportaria como uma onda de vez em quando e como partícula outras vezes. Essa foi uma das conseqüências mais bizarras da física quântica.
A compreensão desta teoria é importante para que se tenha uma nova visão de como a ciência observa o mundo natural. O objeto de estudo desta teoria são os sistemas físicos que estão além da percepção sensorial comum.
Os Princípios da Teoria Quântica são:
1º. Princípio da Incerteza de Heisenberg: Nenhuma partícula pode ter valores bem definidos para posição e velocidade ao mesmo tempo.
2º. Princípio da Exclusão de Pauli: Dois elétrons não podem fazer a mesma coisa ao mesmo tempo, o que inclui ocupar o mesmo espaço e o mesmo spin.
3º. Princípio da Complementaridade: Diferentes montagens experimentais para verificar um dado comportamento, geram conclusões diversas que não podem ser tomadas simultaneamente.
Metafísica:
Segundo o físico Amit Goswami, desde o início a física quântica tem sido metafísica. De acordo com a metafísica, somos todos um, trocamos partículas o tempo todo com todos e com tudo. Tudo está interconectado a tudo.
O Modelo de Bohm diz que existe um campo que age sobre a partícula por meio de um potencial quântico, que tem estranhas propriedades, e uma delas é que ele nem sempre diminui com a distância, muito pelo contrário, pode ser muito forte a grandes distâncias. Bohm chamou a isto de não-localidade. Além do mais, o potencial quântico é uma função, não dos estados das partículas, mas determinada num espaço multidimensional a partir das propriedades do todo.
As relações entre as partes derivam do todo; e o todo é, neste sentido, anterior às partes. Em um universo holográfico, mesmo o tempo e o espaço não podem mais serem vistos como fundamentais. Porque conceitos como localização se quebram diante de um universo em que nada está verdadeiramente separado de nada. A realidade é o holomovimento, o movimento da totalidade, que contém todas as coisas em vários estados de ser, implícitos nas regiões do espaço tempo.
Rupert Sheldrake diz que os campos morfogênicos são construídos por meio de capacidades que se acumulam à medida que os membros de uma mesma espécie aprenderam um determinado tipo de comportamento.
O Modelo de Wigner diz que a realidade é criada pela consciência. Os objetos físicos não têm atributos se um observador consciente não estiver olhando (pensando) para eles. A consciência é particular a cada um que tem acesso a parte da consciência geral. A consciência é a nossa capacidade de compreender no mínimo a noção de identidade universal.
Com a razão compreendemos a realidade paulatinamente, e com a consciência compreendemos a realidade na totalidade. Constrói-se a razão a partir do conhecimento, da cultura material, do raciocínio, intelecto e entendimento. Constrói-se a consciência através do conhecimento interno, do autoconhecimento, da cultural espiritual, compreensão e inteligência.
O ser humano vale muito pelo que sabe, muito mais pelo que sabe e sente e muito mais ainda pelo que sabe, sente e faz.
Magia:
“A magia envolve a manipulação da realidade, em direção a um fim desejado, por meio de métodos que não podem ser explicados pelo paradigma científico atual.” - Oberon Zell Ravenheart
“Magia é a melhoria da probabilidade.” – Anodea Judith
“É a ciência e a arte de fazer com que as mudanças aconteçam de acordo com a vontade.” - Aleister Crowley
A Magia é a “Arte e ciência de focalizar sua vontade e emoções para causar uma mudança, tanto no mundo a sua volta, quanto no seu mundo interior. A magia, em si, não é nem boa nem má, nem positiva nem negativa. É o uso do poder que determina a direção que ela tomará.” - Silver Ravenwolf
A Magia “Baseia-se inteiramente na capacidade de exercer a influência sobre o nosso meio. Enquanto a magia está, de forma inerente, voltada ao crescimento espiritual e a transformação psicológica, a vida espiritual também deve estar firmemente solidificada em bases materiais. Com a Magia aumentamos o fluxo do Divino em nossas vidas e no mundo a nossa volta. Nós somos a beleza de tudo, pois para trabalhar a magia precisamos estar em harmonia com as leis da natureza e da psique. A magia é o florescer do potencial humano.” - Raymond Buckland
“O TODO é MENTE; o Universo é Mental “– O Caibalion
Se o Universo é Mental na sua natureza, a transmutação mental pode ser considerada como a arte de MUDAR AS CONDIÇÕES DO UNIVERSO, nas divisões de matéria, força e mente.
Assim compreendereis que a transmutação mental é realmente a Magia de que os antigos escritores muito trataram nas suas obras místicas, e de que dão muito poucas instruções práticas.
Metodologia
A ciência moderna nos diz que o que acontece dentro de nós é o que vai criar o que acontece fora. Existe uma realidade física que é absolutamente sólida, mas só começa a existir quando colide com outro pedaço de realidade física.
Os efeitos quânticos, em que as características das ondas e partículas, os blocos de construção elementares no nível atômico, estão sujeitas a probabilidades e, em certo sentido, são imprevisíveis. Tudo existe como possibilidade. O homem tem que tornar a possibilidade em probabilidade que, quando chegar a 100%, torna-se realidade.
A evidência experimental mais forte do comportamento quântico é fornecida pelo fenômeno da interferência. A interferência entre possíveis percursos que uma partícula pode percorrer resultará em uma distribuição de probabilidades com mínimos e máximos bem pronunciados, onde é mais provável que uma partícula seja detectada em uma posição do que em outra.
A interferência é classicamente uma propriedade das ondas. Ela ocorre quando amplitudes ou perturbações de diferentes fontes se encontram e se combinam, somando em alguns lugares e subtraindo ou cancelando em outros.
Na mecânica quântica os estados dos objetos são definidos de modo inteiramente diverso, por meio das chamadas funções da onda.
A mecânica quântica não se refere a partículas definidas do sentido tradicional clássico, em vez disso, trata-se de estados e amplitudes. Se você eleva ao quadrado uma amplitude, obtém uma distribuição de probabilidades, que dá a probabilidade de se obter vários resultados ao se fazer uma observação e uma medição. A probabilidade de se fazer uma observação é dada pelo quadrado da sua função de onda.
A função de onda é uma função matemática que representa todas as possibilidades que podem suceder a um sistema observado quando interage com um sistema de observação.
O ato de observar provoca o colapso da função de onda, o que significa que, embora antes da medição o estado do sistema permitisse muitas possibilidades, apenas uma delas foi escolhida pelo processo de medição, e a função de onda modifica-se instantaneamente para refletir essa escolha.
Uma partícula pode colher a energia de que precisa sem que ela tenha de vir de algum lugar; ela simplesmente aparece como flutuação quântica. Essas flutuações são conseqüência da relação de Incerteza: a quantidade de energia que se tem é incerta e quanto menor o tempo que você a possuir, mais incerta a quantidade será. Na mecânica clássica a energia pode ser transferida de uma forma para outra, mas energia total de um sistema é constante. Isto é uma verdade absoluta na mecânica clássica, diferente da mecânica quântica.
Os padrões de onda de probabilidade em última instância não representam probabilidade de coisas, mas de interconexões. Por princípio, a teoria do universo interconectado é explicada através do conceito de campo, do conceito de memória holográfica, onde a parte contém o todo e do conceito de vácuo quântico que é uma estrutura fervilhante de partículas de vida curta.
A não-localidade é uma propriedade fundamental do universo comprovado, tanto no nível quântico, quanto a nível macroscópico, responsável por interações instantâneas entre todos os fenômenos. É uma conseqüência da teoria do campo unificado. O teorema de Bell estabelece que uma informação passa instantaneamente entre as partículas separadas no espaço e a velocidade com que se comunicam é estimada em menos de um bilionésimo de segundo, cerca de vinte vezes mais depressa que a velocidade que a luz viaja no espaço vazio.
Diz o Princípio da Inseparabilidade que tudo está ligado a tudo. Não há o que passa e não há aquilo que faz passar. Só há passagem. Todo o universo estaria vivo e formaria um todo não passível de divisão. A consciência seria uma conseqüência imediata da complexidade das relações que um princípio inteligente em seu processo evolutivo estabeleceria com outras entidades e objetos que o cercam.
A consciência é incorporada na física quântica como o escolhedor da realidade, entre as possibilidades existentes. A consciência é a base de tudo, pois existe uma consciência cósmica que colapsa as possibilidades, ou seja, é o mesmo que dizer que nós temos o poder de provocar esse colapso com a nossa consciência.
De acordo com os filósofos da Índia, todo universo é composto de dois materiais, um dos quais eles chamam de Akasha. Ele é a existência onipresente, que em tudo penetra e tudo permeia. Todas as coisas que têm forma, todas as coisas que resultam de combinação, evoluíram desse Akasha. É o Akasha que se torna o ar, que se tornam os líquidos, que se tornam os sólidos; é o Akasha que se torna o Sol, a Terra, a Lua, as Estrelas, os Cometas; é o Akasha que se torna o corpo humano, o corpo animal, as plantas, cada forma que vemos, tudo que pode ser sentido, tudo que existe. Ele não pode ser percebido; é tão sutil que está além de toda a percepção ordinária. Ele só pode ser visto quando se tornou espesso, quando tomou uma forma. No princípio da criação, há somente esse Akasha. No final do ciclo, o sólido, os líquidos e os gases fundem-se todos novamente em Akasha, e a criação seguinte procede de maneira semelhante.
Há uma explicação para os fenômenos que intrigam os atuais investigadores na linha de frente da ciência. Podemos entender quais processos estão subjacentes à coerência não-local do corpo humano, de toda a vida, do quantum e do universo inteiro. É a presença da informação por todo o Cosmos, transportada e transmitida pelo campo universal da informação que chamamos de Campo Akáshico.
A ação desse campo sutil, mas real, explica a não-localidade das menores unidades mensuráveis do Universo, assim como de suas maiores estruturas observáveis. Explica a coerência do cérebro humano e da coerência associada a ele, com relação ao cérebro e a consciência de outros seres humanos, e até mesmo do mundo em seu todo. Os fenômenos transpessoais e transculturais não estão limitados ao contato e à comunicação entre a consciência e povos diferentes; os efeitos repetíveis e mensuráveis também podem ser transmitidos da consciência de uma pessoa para o corpo da outra.
Isto acontece através de uma conexão sutil, quase instantânea, chamada "in-formação", não evanescente e não energética entre coisas em diferentes locais do espaço e eventos em diferentes instantes do tempo. Tais conexões são denominadas “não-locais” nas ciências naturais e “Transpessoais” nas pesquisas sobre a consciência. A "in-formação" liga coisas (partículas, átomos, moléculas, organismos, ecologias, sistemas solares, galáxias inteiras, assim como a mente e a consciência associadas com algumas dessas coisas) independentemente de quão longe estejam umas das outras e de quanto tempo se passou desde que se criaram conexões entre elas.
Assim, o campo de padrões de pensamento, qualia, em conjunto com as forças clássicas externas do ambiente, constituem a base de atração para um ponto determinado de um espaço específico, relativo ao cérebro. Qualia é esse atrator. Quando este ponto ocupa determinada base de atração, o indivíduo sente a experiência relativa ao padrão de pensamento associado.
Empregando a expressão “clausura operacional” de Maturana e Varela, diríamos que a nível físico, estaríamos enclausurados pela nossa pele, que nos delimita biologicamente. Ao nível psíquico, este limite é estabelecido pelo alcance da psicoesfera (mundo das possibilidades) e a nível mental, esse limite é o próprio universo, considerando as ondas quânticas mentais. Por isso, tanto a alma, não-material, como o corpo material são meras possibilidades dentro da consciência.
A magia, através da consciência, utiliza a projeção e manipulação das forças naturais por meio da vontade para aumentar as possibilidades de um evento tornar-se real.
As Leis da Magia são:
Lei da vontade humana, no qual o sucesso da magia depende da vontade convocada e dirigida pelo mago.
Lei da luz astral, que rege o princípio etéreo intermediário, que é a energia que permeia o Universo e que o mago pode acessar e usar para realizar mudanças à distância.
Lei do encadeamento, que liga o interior e o exterior, o material ideal, desde que haja diferença entre o microcosmo e o macrocosmo.
Lei da imaginação ou visualização, invocando poderes interiores e exteriores. Acredita-se que todas as leis da Magia possam ser reunidas em uma única grande lei ou princípio, o princípio da ressonância “Eco”, entre o mundo material, o mundo das idéias e o mundo espiritual. A ressonância no tempo, forma, conteúdo, freqüência e imanência (a qualidade essencial mais profunda das coisas materiais e imateriais) é o que torna a conexão significante. Os atos de magia usam conscientemente, por vontade própria, essas ressonâncias, mas a eficácia muitas vezes depende de ressonâncias maiores e, portanto, desafia as leis da causalidade normal (causa e efeito).
Ser mago é reconhecer que tudo está vivo e tudo está ligado.
A magia é um ato organizado, projetado e realizado para alterar as probabilidades na direção desejada; simplesmente, fazer que algo seja mais ou menos provável de acontecer. Há muitas técnicas para lançar magia. A idéia geral é reunir tantas correspondências, quanto possível, em um só lugar, para aumentar o nível das sincronicidades. Ao fazê-lo, alternam-se as probabilidades em um contínuo que parte da impossibilidade – improbabilidade – possibilidade – probabilidade – inevitabilidade – manifestação.
Existem dois tipos de Magia:
1- Teurgia ou Alta Magia: consiste na prática de magia cerimonial, composta de ritos de passagem (ritos iniciáticos, celebrações sazonais, morte, nascimento, casamento), rituais de necromancia e ritos com propósitos específicos, como de cura, prosperidade e amor.
Um ritual é, acima de tudo, um conjunto organizado de métodos e procedimentos que visam expandir a consciência do mago praticante a fim de estabelecer uma conexão do seu "Eu Superior" com o "Universo" para que todas as energias criadas e focalizadas durante o rito sejam, posteriormente, emanadas e enviadas de forma tal que o objetivo seja alcançado sem problemas e intervenções externas.
Para tanto, são utilizadas, na maioria das vezes, a fala por meio de cânticos, rimas, sons e músicas, bem como gestos e movimentos. Todos os objetos que são manuseados servem, primeiramente, para direcionamento total da energia do mago a um determinado fim, direção ou propósito. Além disso, por estarem previamente consagrados, carregam por si próprios uma quantidade energética que auxilia como uma bateria para o praticante.
O ritual dentro de um Círculo Mágico é basicamente um amplificador de energia que aumenta os efeitos das ações de uma pessoa. O Círculo é uma manifestação de energia cíclica em forma de vórtice.
Trabalha-se a magia concentrando a energia individual ou grupal na mesma direção, como um feixe de laser, para alterar os padrões de possibilidades de forma que as coisas que se quer que aconteça, tenha maior probabilidade de ocorrer. O poder da magia vem da vontade. Quando se faz magia nunca se diz: “Eu espero que tal coisa aconteça” ou “Eu desejo que tal coisa aconteça”. Deve-se dizer: “Isso Acontece!”, as palavras rituais para isso são: “Que assim seja!”. Há diversas etapas para se fazer um trabalho mágico no Círculo. A primeira é a declaração de intenção, quando a finalidade do trabalho é explicada e aceita pelos participantes. Depois vem a elevação do cone de energia, quando a energia de todos é combinada como força poderosa. A seguir vem a liberação de poder, quando é realizado o trabalho. No final deste texto é apresentado um ritual completo.
2- Taumaturgia ou Baixa Magia ou Magia Simpática é aquela praticada popularmente, pois não requer muitos procedimentos e, na maioria das vezes, não necessita de muito tempo para ser efetuado.
A Magia Simpática usa o princípio de que as coisas que tem afinidade umas com as outras influenciam e interagem entre si a distância e que as coisas que já estiveram em contato continuam a afetar uma a outra. Desta forma, podem ser utilizadas na magia, partes do corpo da pessoa, pois possuem o DNA dela, ou o nome completo escrito em folha branca.
Este tipo de magia é, por diversas vezes, utilizada durante a Magia Cerimonial (ver encantamentos no final deste texto).
Os magos pensam cuidadosamente antes de escolherem uma técnica de magia. Para isso fazem um plano espiritual considerando um plano de ação completo, do qual a magia torna-se uma parte. Um encantamento pode levar apenas uns minutos a fazer, mas sem um plano completo é o mesmo que atirar flocos de neve sobre um campo de fogo. Um plano espiritual completo inclui:
• Um pensamento lógico sobre o objetivo ou situação;
• A consideração de como as ações do mago afetarão a concretização do objetivo, da situação ou de outras pessoas (não interferir no livre-arbítrio das pessoas);
• A construção de um reforço positivo a volta do mago;
• A reprogramação da mente do mago para aceitar o êxito, através do pensamento, da palavra e da ação;
• O envolvimento do Espírito (energia global que rege o universo de forma harmoniosa), tanto quanto possível, naquilo que se pretende fazer;
• Não interferir no tempo de ação de uma magia, ela segue o caminho de menor resistência.
Discussão e Análise
O poder do mago ou feiticeiro vem, antes de tudo, da observação. Grande parte do conhecimento mágico é construída sobre a crença fundamental de que, se é possível compreender o fluxo de energia da Terra e como estas energias trabalham em harmonia, pode-se obter enorme percepção e poder. Observar, entre outras coisas, os padrões do clima, os padrões de migração dos pássaros e o comportamento das pessoas que o rodeiam, vale ao mago – aos olhos daqueles concentrados apenas na realidade da sobrevivência cotidiana – a fantástica capacidade mágica de ver o futuro.
Se considerarmos o princípio que “O TODO é MENTE; o Universo é Mental”, a verdade é que tudo é Mente. O TODO (que é a realidade substancial que se oculta em todas as manifestações e aparências que conhecemos sob o nome de universo material, fenômenos da vida, matéria, energia, numa palavra, sob tudo o que tem aparência aos nossos sentidos materiais) é incognoscível e indefinível em si mesmo, mas pode ser considerado como uma MENTE VIVENTE INFINITA e UNIVERSAL. Todo o mundo fenomenal ou universo é simplesmente uma criação mental do TODO, sujeita às leis das coisas criadas, e que o universo, como um todo, em suas partes ou unidades, tem sua existência na mente do TODO, em cuja mente vivemos, movemo-nos e temos a nossa existência.
A magia funciona porque tudo está ligado a tudo e o universo é mental, todos os elementos da vida – árvores, clima, emoções, pensamentos, palavras, a hora do dia, o momento do ano e o modo de se mover, estão intimamente conectados, entrelaçados dentro de um campo maior que nos rodeia e a mente tem acesso a tudo isso.
O que afeta um dos elementos, afeta todos, como é expresso no princípio fundamental escrito nas primeiras palavras de “A Tábua Esmeralda”, de Hermes Trismegisto:
“Aquilo que está acima é igual ao que está abaixo e aquilo que esta abaixo é igual ao que está acima, para atingir as maravilhas da coisa única”, que os magos reduziram para “Acima como abaixo” ou “Como dentro, também fora, como fora, também dentro”. Isso quer dizer que o macrocosmo é refletido no microcosmo e que, ao manipular o microcosmo se afeta o macrocosmo. Cada célula do corpo é uma versão em miniatura do eu da pessoa, que, por sua vez, é uma célula do corpo da Mãe-Terra, que também é uma célula do Universo, como num holograma.
A magia não manipula o campo que nos rodeia, apenas utiliza-a. No universo nada é estacionário, tudo está em constantemente se movendo e mudando. É esse movimento fluido que permite que a magia aconteça, pois por meio da mudança, podem-se criar novas realidades, conforme as forças da vida passam do caos à manifestação.
A magia funciona gerando uma função de onda que causa interferência na função de onda de outra pessoa e no universo para que as coisas aconteçam. Quando a magia é disparada, pela interconexão de tudo através do universo holográfico, ela atinge várias pessoas para a realização do evento. A isto é chamado sincronicidade.
A função de onda gerada não representa a realidade, mas o conhecimento acerca do sistema. Desta forma, o colapso da função de onda não é um evento físico real, mas uma mudança no conhecimento do sistema, ou seja, depende da observação da pessoa para quem a magia foi feita.
Para a função de onda atingir uma pessoa, deve-se fazer um qualia de pensamento, unindo o atrator, o mago, a base de atração, o indivíduo, que sente a experiência relativa ao padrão de pensamento associado. Isso acontece devido ao fenômeno de não-localidade, onde tudo está interconectado a tudo através do Campo de Informação que permeia o universo.
O sucesso da magia deve-se ao envio de uma função de onda com energia suficiente para afetar o indivíduo para quem está se fazendo a magia.
Para isso o mago pode utilizar vários meios, além da vontade pessoal, individual. Uma delas é utilizar apenas elementos naturais, como sons, odores, cânticos, mantras, cores e movimentos para expandir a consciência, o que facilita a interconexão com o campo que levará a função de onda responsável pelo sucesso da magia. O mago também pode fazer uso das forças naturais através da melhor escolha, por exemplo, da hora, data e fase da lua.
Outra forma é através da formação de um Círculo Mágico que é basicamente um amplificador de energia que aumenta os efeitos das ações de uma pessoa. Dentro dele, o mago pode se juntar a outros magos de forma a reunir maior quantidade de energia. Utilizam a energia da natureza através de materiais que simbolizem seus principais elementos: terra, água, fogo e ar, e expandem a consciência utilizando incensos, mantras e danças com cânticos.
Outro recurso utilizado é a visualização do que se quer, lembrando que os pensamentos também geram funções de onda. Num determinado momento o mago responsável une e combina toda a energia gerada através elevação do cone de poder, quando é mandado fazer o trabalho, dito na abertura do círculo, sempre de forma afirmativa. Neste momento a magia é encaminhada.
A teoria do campo morfogênico explica o modo como a natureza lembra as coisas, por isso os magos utilizam a mesma música, cântico ou o mesmo símbolo para acessar mais facilmente a energia gerada pelo uso constante para o mesmo objetivo.
O mago, através da sua vontade, é a pessoa chave que gera a função de onda responsável por iniciar o processo mágico. Por isso, o mago deve ter consciência do que está fazendo, deve ter bom senso e boa intenção, pois o seu maior propósito deve ser auxiliar no despertar da consciência dos seres humanos.
O mago tem responsabilidade de tratar a Terra com respeito, tratar uns aos outros de maneira excelente, energizar suas palavras falando a verdade sempre e ter tanta consciência quanto possível do seu comportamento.
Conclusão
As pessoas desde a antiguidade até os dias de hoje olham para a magia como coisa do demônio, porque os indivíduos bons que usam a magia, não são chamados de magos, são chamados de santos, mas tanto um como outro, aprenderam a colocar em prática o conhecimento sobre a magia.
Os ditos magos ou feiticeiros são pessoas que detêm o conhecimento através do uso da razão e fazem magia através do uso da consciência. A combinação de razão/consciência levou grandes magos a serem conhecidos pelos seus feitos.
Uma das coisas que aprendemos com este trabalho é que a tão misteriosa magia pode ser atualmente explicada através dos estudos de física quântica aliada à metafísica.
O mundo interconectado, onde todos somos um, que a magia sempre utilizou e foi excomungada por isso, está se tornando mais evidente a cada dia que passa. Vivemos num mundo holográfico onde a parte está no todo e nós somos parte deste todo que é o multiverso (universos paralelos). Quando observamos e participamos da vida, ela se torna realidade, como pura magia.
Outra coisa que este trabalho nos mostrou é o quanto a magia faz parte do nosso dia-a-dia. Somos os magos de nossas vidas! Fazemos magia o tempo todo sem nos darmos conta.
Quando nos esquecemos disso, deixamos a vida passar como um barco a deriva.
Quando queremos ser pilotos de nossa vida, projetamos nossos desejos para o universo e ele se encarrega para que as coisas aconteçam. Isto é magia. Os ditos magos aprendem a usar a energia da natureza, das pessoas, do próprio universo para que a informação desejada por ele chegue sem ruídos e sem interferências onde ele determinar, como na transmissão de um canal de televisão, onde as pessoas sintonizadas recebem a imagem e o som de forma clara e direta.
Quando trazemos a consciência para a vida, quando somos observadores do mundo ao nosso redor, criamos a realidade e, isto é viver.
Viver é um ato de magia.
E, quem está por detrás da magia? Já dizia Max Planck:
“Não há matéria como tal! Toda a matéria se origina e existe apenas em virtude de uma força. Devemos pressupor por trás desta força a existência de uma Mente consciente e inteligente. Essa mente é a matriz de toda a matéria”.
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