An iv10 Sol 12°
Aquarius, Luna 16° Aquarius Dies Saturnii
sábado, 1 de fevereiro
de 2003 e.v. 11:59
Esta
manhã sai cedo de casa para ir ao banco andando, tendo em minha cabeça os
sentimentos normais de qualquer brasileiro, enquanto esperava encontrar uma
soma em dinheiro a minha disposição na conta bancária. No meio do caminho fui
assaltado pela visão de 3 linhas quase paralelas. Com se fosse um fio de
macarrão quebrado em 3 pedaços e chegados cada um , um pouco mais a direita de
seu pedaço anterior. Uma linha vinha da
parte de baixo de minha visão e se extendia até a metade de meu quadro visual,
a segunda começava a direita da primeira e onde esta primeira terminava só que
era bem menor que o primeiro pedaço, quase que inifinitesimal, a terceira linha
se extendia do ponto final do pequeníssimo traço e também a direita, e se
extendia até o final de meu campo visual.
E
neste ponto estavam passado, presente e futuro alí representados. O passado que
nunca termina pois é sempre somado ao momento atual, o presente tipificado pelo
momento de meu ato de caminhar. E a cada passo eu criava um novo presente, e
somava o passo anterior ao meu passado, e o futuro que para mim nada mais era
que o próximo passo a ser dado no caminho a ser trilhado para meu objetivo
momentâneo, que era simplesmente chegar ao banco.
Comecei
a perceber a fina teia montada em nossa existência e como distorcemos as coisas
em nossas vidas, que não passam de meras jornadas espirituais, num caminho em
direção à alguma coisa ainda hoje nebulosa pelo turbilhão de preocupações e
pensamentos gerados em agrupamento sem direção. Inconscientemente me lembrei da
letra de uma música de um grupo musical se não me engano Francês, pelo
páis onde nasceu o grupo. Ela diz o
seguinte “love emocions, feelling ilusions”, ou seja “amor emoção, sentimento
ilusão”. Sómente neste momento o quadro tomou forma viva, e ví as tres linha se
tocando.
Mas
como emoção e sentimento podem movimentar estas tres linhas ? e qual a possível
diferença entre os dois ?.
Vamos
tentar começar a transcrever esta horrível trama. Quando de um assalto, ou no
momento que vemos um filme em que o teor de sua história nos toca, geralmente
somos tocados der duas formas diferentes, a primeira delas é mêdo ou agústia. A
segunda normalmente é choro ou raiva,
mas estas coisas logo passam assim que cessa sobre nós os fatores externos que
provocaram tais sensações, a isto damos o nome de emoção, ela é simples,
transbordante mas passageira . Como uma roupa de “primeira comunhão”, que em
vias de regra só utilizamos uma vez. Ao contrário desta efeméride emocional
estão os sentimentos eles são fixos, ficam entranhados em nós, os arrastamos como pesados grilhões. O
pior de tudo é que as sensações não são sómente males físicos, impregnam a alma
e podem transcender várias existências.
Ao
contrário dos que muito pensam o nosso tempo
não é organizado da mesma forma em que está disposto em nossos relógios,
esta é mais uma ilusão sentimental, de que meu tempo não dá para fazer isto e
aquilo em um dia ou em um determinado período possível de contabilização e
simetrias, como um limitador de velocidade um tacógrafo egóico, que por muitas
vezes recebe a culpa de nossos infortúnios. O passado continua com seu caminho
paralelo em nossa caminhada tornando-se apenas invisível aos nossos olhos e
sujeito a imutabilidade, no presente montamos o próximo andar deste obelísco
enquanto engrossamos a fina linha que será no próximo instante a avenida a qual
chamamos de presente, o futuro tomas
novas formas a cada instante como uma massa de modelar nas mãos de um criança
de tenra idade, e isto acontece initerruptamente décimo de segundo após décimo
de segundo. Mas enquanto fazemos isto no automático nossas sensações nos
prendem a manter o futuro igual ao passado, e desta forma não evoluímos, não
transcendemos a lugar algum. As emoções ficam para nós como roupas velhas e
esfarrapadas que insistimos em não tirar do corpo, assim mantem-se as relações
de ódio e tranformam-se os amores entre os humanos. Perpetuamos uma impressão
do passado quando pegamos uma emoção e a transformamos em sentimento, impedimos
que estas coisas se renovem e que assim nos renovemos também seguindo o
“continum perpétum” de nossas almas.
Costuma-se
dizer que a dança é uma arte mágica, assim como mágica é a vida, então porque
não ao invéz de dizer que estamos aprendemos “Magia”, não dizemos que estamos
em uma acadêmia aprendendo a “dança da
vida” ? Sim é isto mesmo, vivenciar cada passo sem se preocupar com a extensão
do dueto. Alguns devem estar agora se perguntando , o que ganhamos com isto ?
bem... neste momento para mim é impossível dizer, posso apenas analisar o meu
caso, que passo a expor no momento.
Sou o portador
de uma indole guerreira, do tipo que move céus e terra para a realização de uma
vontade, assim sou também quanto aos meus inimigos, espero aguardo, mas eles
tornavam-se para mim alvos fixos. Agia
segundo este príncipio pois não conseguia ter a idéia de que na verdade eu fazia, era estar perpetuando
uma emoção, e desta forma a transformando em sentimento. Coisa do tipo de quem
vê um moderníssimo carro que enche os olhos com todos os seus aparatos. No
instante exato que se topa com a imagem dele em uma revista automobilística se
tem a idéia de possuí-lo, não permitimos que a emoção tome seu rumo natural e
desapareça, buscamos sempre estar mais próximos daquilo que sentimos no
instante inicial, e como não podemos alcança-lo nos perdemos em dívidas
tentando chegar o mais próximo o possível daquela realização, compramos um
carro mais velho e os enchemos de buginganga tentando deixa-lo mais ou menos no
formato do que nós havíamos visto anteriormente, levando-nos desta forma a
gastos mobetários que não serão resposto, e se criando formas de apego que
serão dofícieis de serem retiradas depois impedindo que venhamos sentir a
emoção da realização inicial que é um dia possuir o carro que vimos que vimos
sem se preocupar mesmo com o princípio de que no momento da realização deste
sonho possa ele já estar fora de linha ou não. Assim como eu quando me sentindo
acometido por algum mal que alguem possa ter me feito, me sentindo ferido, ao
invéz de ter minha ação baseada no momento ou simplesmente permitir que ela se
vá, perpetuo este instante fazendo com que meu futuro se oriente na direção
deste passado ( a ação da pessoa, seja qual for o motivo).
Vejam não
proponho aqui uma existência vegetativa, sem nenhum tipo de ação, apenas mantenho a proposta da dança.
Sentindo-se lesado por alguém ou alguma instituição procure um bom advogado que
ganha a vida a perseguir a justiça para seu cliente, ou se o caso não é deste
porte, aja diretamente com a pessoa, esgote a possibilidade do que tem que ser
falado ou feito, depois disto deixe que seu próximo passo possa te levar a
outros caminhos e considerações. Um dos maiores problemas do ser humano é a
esperança de que os outros façam aquilo que esperamos, como no trabalho onde
ansiamos pelo instânte de nossa promoção e agimos com direção a isto, nos
esquecendo de fazer a nossa parte simplesmente porque gostamos de assim agir,
ou saímos sempre no horário e fazemos o que é possível não nos incomodando com
a ascensão de cargo. Geralmente quando agimos desta maneira a sonhada ascensão
não vêm. Quando manipulamos nosso
presente sempre presos a intenção do passado, não alançamos o futuro imaginado.
É como se tentar fazer um filho tendo uma cópula com um cadáver em decomposição
(mesmo na fábula de Isis e Osíris percebam que o corpo dele não se encontra
apresentando traços desta decomposição citada. Aprendam a ler as entrelinhas,
por vezes a verdade se baseia sobre o que não está dito).
Se nos
atermos no agora em fazer algo em nossas metas pessoais sem nos pendurarmos nas
grossas e sólidas linhas do imutável chamado passado, seremos capazes de
alcançar um futuro glorioso. Lógicamente que não podemos tentar ter um surto de
amnésia continuado, pois no mínimo isto sería extremanete danoso, o que podemos
fazer é simplesmente verficarmos as experiências passadas resgatando delas os
resultados das situações que se foram, e do aprendizado que tiramos delas,
porque tambem se não houver um aprendizado com o que nós já vivemos estaremos
sempre com a sensação de estar caindo no mesmo buraco sem perceber que na
verdade nunca saímos dele. Mas isto sem tornar a evocar toda a gama de emoções
dos momentos idos, pois neste momento eles poderão se transformar nos fantasmas
dolorosos ou embreagantes do sentimentalismo que impedem nossa livre caminhada.
A grande meta e sentido da magia é o plantio diário, ou seja, hoje faço alguma
coisa para a meta que pretendo atingir, isto é desta forma mesmo em nossa vida
mundana, mas no minuto próximo me esqueço que que já fiz, pois isto agora já é
passado, e torno a me mover fazendo alguma coisa nova em prol daquele objetivo, mais a gloria esta
sempre no prazer do momento, pois desta forma a alegria da meta atingida também
deverá ser superada ao invéz de ser superestimada, deverá ser tão prazeirosa e
efêmera quanto todo o restante das coisas ao nosso redor, tão passageira quanto
cada passo da caminhada. Talvez seja este sentido da pasagem bíblica de “não se
importar com o que tenha que vestir ou comer amanhã”. Porque se neste momento
fazemos o necessário o amanhã não nos será um problema isolúvel, até mesmo
porque “amanhã” é o segundo seguinte e não a consideração de um poente e seu
sucessível nascente. Não espere o despertar de um outro dia para um renascer,
seja sempre novo. Não arraste coisas de um instante para o outro, permita que
as coisas venham e vão. Não se consegue ver o arco iris na agua de cachoeira
presa em nossas mãos em concha, mas somente naquela mesma agua quando passa
livre pelas corredeiras. Faça o que sentes vontade agora, reflita somente no
ponto onde pretendes chegar, e assim conseguirá evitar aquelas ações vazias,
que nada mais são do que ecos dos
instantes calcados em algo que pode até já se fazer distânte no tempo, não a
olhe a pessoa amada baseando-se no que viu no momento que a conheceu, conheça-a
a cada dia , a cada instante que você a ver. Se o entusiasmo não reaparecer é
porque a magia já se foi a dança a música acabaram, procure novamente a emoção
a magia da vida, pois assim agindo estará dando chance a outra pessoa de também
modificar seu futuro.
Estas são
pequenas considerações de uma simples manhã ensolarada em um sábado qualquer,
que agora que chega a ser lida por você
já é uma parte da história de meu passado, a qual sempre pretendo rever com o
intuíto de conseguir ter uma nova emoção comparada a experiência de liberdade que senti no
momento da escrita deste texto.
“Nada existe que seja externo a ti. Permaneça centrado no sentimento interior. Surgirá daí uma
atitude diferente à respeito das coisas da vida. O mesmo é verdadeiro no que
concerne as emoções negativas.
Quando você está enfadado, não
se deixe centrar na pessoa que possa ter
te despertado a ira. Deixe que esta pessoa permaneça na periferia de tua
consciência. Converta-se em um aliado de tua ira, ou na própria ira em sí.
Prove-a em sua totalidade, deixe-a viver dentro de você. Não a racionalize, não
diga "ele ou ela é a causa de minha
ira", não culpe a pessoa porque ela somente é a situação. Ela acertou
um ponto, e naquele ponto havia uma
ferida escondida. Agora já o sabes, converta-se na própria ferida , pouco a
pouco, esta vai se dissolvendo para sempre.
É possível inclusive vivenciar a morte, e então a morte não mais
existirá. Se és consciente do teu corpo que morre, como se você estivesse se direcionando para o centro de
tudo e dissolvendo-se, si és capas de
viver inclusive isto, então terás se
convertido em imortal. Ao entrar no sexo entras numa espécie de morte.
Si és capas de entender que o sexo é uma morte sutil nos braços de tua amante,
o nos braços do cosmos, a morte pode chegar a converter-se em um grande
orgasmo. “
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