quarta-feira, 12 de julho de 2017

Da arte da dança da vida.



An iv10 Sol 12° Aquarius, Luna 16° Aquarius Dies Saturnii
sábado, 1 de fevereiro de 2003 e.v. 11:59



            Esta manhã sai cedo de casa para ir ao banco andando, tendo em minha cabeça os sentimentos normais de qualquer brasileiro, enquanto esperava encontrar uma soma em dinheiro a minha disposição na conta bancária. No meio do caminho fui assaltado pela visão de 3 linhas quase paralelas. Com se fosse um fio de macarrão quebrado em 3 pedaços e chegados cada um , um pouco mais a direita de seu pedaço anterior. Uma linha vinha  da parte de baixo de minha visão e se extendia até a metade de meu quadro visual, a segunda começava a direita da primeira e onde esta primeira terminava só que era bem menor que o primeiro pedaço, quase que inifinitesimal, a terceira linha se extendia do ponto final do pequeníssimo traço e também a direita, e se extendia até o final de meu campo visual.
            E neste ponto estavam passado, presente e futuro alí representados. O passado que nunca termina pois é sempre somado ao momento atual, o presente tipificado pelo momento de meu ato de caminhar. E a cada passo eu criava um novo presente, e somava o passo anterior ao meu passado, e o futuro que para mim nada mais era que o próximo passo a ser dado no caminho a ser trilhado para meu objetivo momentâneo, que era simplesmente chegar ao banco.
            Comecei a perceber a fina teia montada em nossa existência e como distorcemos as coisas em nossas vidas, que não passam de meras jornadas espirituais, num caminho em direção à alguma coisa ainda hoje nebulosa pelo turbilhão de preocupações e pensamentos gerados em agrupamento sem direção. Inconscientemente me lembrei da letra de uma música de um grupo musical se não me engano Francês, pelo páis  onde nasceu o grupo. Ela diz o seguinte “love emocions, feelling ilusions”, ou seja “amor emoção, sentimento ilusão”. Sómente neste momento o quadro tomou forma viva, e ví as tres linha se tocando.
            Mas como emoção e sentimento podem movimentar estas tres linhas ? e qual a possível diferença entre os dois ?.
            Vamos tentar começar a transcrever esta horrível trama. Quando de um assalto, ou no momento que vemos um filme em que o teor de sua história nos toca, geralmente somos tocados der duas formas diferentes, a primeira delas é mêdo ou agústia. A segunda normalmente  é choro ou raiva, mas estas coisas logo passam assim que cessa sobre nós os fatores externos que provocaram tais sensações, a isto damos o nome de emoção, ela é simples, transbordante mas passageira . Como uma roupa de “primeira comunhão”, que em vias de regra só utilizamos uma vez. Ao contrário desta efeméride emocional estão os sentimentos eles são fixos, ficam entranhados em  nós, os arrastamos como pesados grilhões. O pior de tudo é que as sensações não são sómente males físicos, impregnam a alma e podem transcender várias existências.
            Ao contrário dos que muito pensam o nosso tempo  não é organizado da mesma forma em que está disposto em nossos relógios, esta é mais uma ilusão sentimental, de que meu tempo não dá para fazer isto e aquilo em um dia ou em um determinado período possível de contabilização e simetrias, como um limitador de velocidade um tacógrafo egóico, que por muitas vezes recebe a culpa de nossos infortúnios. O passado continua com seu caminho paralelo em nossa caminhada tornando-se apenas invisível aos nossos olhos e sujeito a imutabilidade, no presente montamos o próximo andar deste obelísco enquanto engrossamos a fina linha que será no próximo instante a avenida a qual chamamos de presente,  o futuro tomas novas formas a cada instante como uma massa de modelar nas mãos de um criança de tenra idade, e isto acontece initerruptamente décimo de segundo após décimo de segundo. Mas enquanto fazemos isto no automático nossas sensações nos prendem a manter o futuro igual ao passado, e desta forma não evoluímos, não transcendemos a lugar algum. As emoções ficam para nós como roupas velhas e esfarrapadas que insistimos em não tirar do corpo, assim mantem-se as relações de ódio e tranformam-se os amores entre os humanos. Perpetuamos uma impressão do passado quando pegamos uma emoção e a transformamos em sentimento, impedimos que estas coisas se renovem e que assim nos renovemos também seguindo o “continum perpétum” de nossas almas.
            Costuma-se dizer que a dança é uma arte mágica, assim como mágica é a vida, então porque não ao invéz de dizer que estamos aprendemos “Magia”, não dizemos que estamos em uma acadêmia  aprendendo a “dança da vida” ? Sim é isto mesmo, vivenciar cada passo sem se preocupar com a extensão do dueto. Alguns devem estar agora se perguntando , o que ganhamos com isto ? bem... neste momento para mim é impossível dizer, posso apenas analisar o meu caso, que passo a expor no momento.
Sou o portador de uma indole guerreira, do tipo que move céus e terra para a realização de uma vontade, assim sou também quanto aos meus inimigos, espero aguardo, mas eles tornavam-se para  mim alvos fixos. Agia segundo este príncipio pois não conseguia ter a idéia de que  na verdade eu fazia, era estar perpetuando uma emoção, e desta forma a transformando em sentimento. Coisa do tipo de quem vê um moderníssimo carro que enche os olhos com todos os seus aparatos. No instante exato que se topa com a imagem dele em uma revista automobilística se tem a idéia de possuí-lo, não permitimos que a emoção tome seu rumo natural e desapareça, buscamos sempre estar mais próximos daquilo que sentimos no instante inicial, e como não podemos alcança-lo nos perdemos em dívidas tentando chegar o mais próximo o possível daquela realização, compramos um carro mais velho e os enchemos de buginganga tentando deixa-lo mais ou menos no formato do que nós havíamos visto anteriormente, levando-nos desta forma a gastos mobetários que não serão resposto, e se criando formas de apego que serão dofícieis de serem retiradas depois impedindo que venhamos sentir a emoção da realização inicial que é um dia possuir o carro que vimos que vimos sem se preocupar mesmo com o princípio de que no momento da realização deste sonho possa ele já estar fora de linha ou não. Assim como eu quando me sentindo acometido por algum mal que alguem possa ter me feito, me sentindo ferido, ao invéz de ter minha ação baseada no momento ou simplesmente permitir que ela se vá, perpetuo este instante fazendo com que meu futuro se oriente na direção deste passado ( a ação da pessoa, seja qual for o motivo).
            Vejam não proponho aqui uma existência vegetativa, sem nenhum tipo de  ação, apenas mantenho a proposta da dança. Sentindo-se lesado por alguém ou alguma instituição procure um bom advogado que ganha a vida a perseguir a justiça para seu cliente, ou se o caso não é deste porte, aja diretamente com a pessoa, esgote a possibilidade do que tem que ser falado ou feito, depois disto deixe que seu próximo passo possa te levar a outros caminhos e considerações. Um dos maiores problemas do ser humano é a esperança de que os outros façam aquilo que esperamos, como no trabalho onde ansiamos pelo instânte de nossa promoção e agimos com direção a isto, nos esquecendo de fazer a nossa parte simplesmente porque gostamos de assim agir, ou saímos sempre no horário e fazemos o que é possível não nos incomodando com a ascensão de cargo. Geralmente quando agimos desta maneira a sonhada ascensão não vêm. Quando manipulamos  nosso presente sempre presos a intenção do passado, não alançamos o futuro imaginado. É como se tentar fazer um filho tendo uma cópula com um cadáver em decomposição (mesmo na fábula de Isis e Osíris percebam que o corpo dele não se encontra apresentando traços desta decomposição citada. Aprendam a ler as entrelinhas, por vezes a verdade se baseia sobre o que não está dito).
            Se nos atermos no agora em fazer algo em nossas metas pessoais sem nos pendurarmos nas grossas e sólidas linhas do imutável chamado passado, seremos capazes de alcançar um futuro glorioso. Lógicamente que não podemos tentar ter um surto de amnésia continuado, pois no mínimo isto sería extremanete danoso, o que podemos fazer é simplesmente verficarmos as experiências passadas resgatando delas os resultados das situações que se foram, e do aprendizado que tiramos delas, porque tambem se não houver um aprendizado com o que nós já vivemos estaremos sempre com a sensação de estar caindo no mesmo buraco sem perceber que na verdade nunca saímos dele. Mas isto sem tornar a evocar toda a gama de emoções dos momentos idos, pois neste momento eles poderão se transformar nos fantasmas dolorosos ou embreagantes do sentimentalismo que impedem nossa livre caminhada. A grande meta e sentido da magia é o plantio diário, ou seja, hoje faço alguma coisa para a meta que pretendo atingir, isto é desta forma mesmo em nossa vida mundana, mas no minuto próximo me esqueço que que já fiz, pois isto agora já é passado, e torno a me mover fazendo alguma coisa nova  em prol daquele objetivo, mais a gloria esta sempre no prazer do momento, pois desta forma a alegria da meta atingida também deverá ser superada ao invéz de ser superestimada, deverá ser tão prazeirosa e efêmera quanto todo o restante das coisas ao nosso redor, tão passageira quanto cada passo da caminhada. Talvez seja este sentido da pasagem bíblica de “não se importar com o que tenha que vestir ou comer amanhã”. Porque se neste momento fazemos o necessário o amanhã não nos será um problema isolúvel, até mesmo porque “amanhã” é o segundo seguinte e não a consideração de um poente e seu sucessível nascente. Não espere o despertar de um outro dia para um renascer, seja sempre novo. Não arraste coisas de um instante para o outro, permita que as coisas venham e vão. Não se consegue ver o arco iris na agua de cachoeira presa em nossas mãos em concha, mas somente naquela mesma agua quando passa livre pelas corredeiras. Faça o que sentes vontade agora, reflita somente no ponto onde pretendes chegar, e assim conseguirá evitar aquelas ações vazias, que nada mais são  do que ecos dos instantes calcados em algo que pode até já se fazer distânte no tempo, não a olhe a pessoa amada baseando-se no que viu no momento que a conheceu, conheça-a a cada dia , a cada instante que você a ver. Se o entusiasmo não reaparecer é porque a magia já se foi a dança a música acabaram, procure novamente a emoção a magia da vida, pois assim agindo estará dando chance a outra pessoa de também modificar seu futuro.
            Estas são pequenas considerações de uma simples manhã ensolarada em um sábado qualquer, que agora que chega  a ser lida por você já é uma parte da história de meu passado, a qual sempre pretendo rever com o intuíto de conseguir ter uma nova emoção comparada  a experiência de liberdade que senti no momento da escrita deste texto.


“Nada existe que seja externo a ti. Permaneça centrado  no sentimento interior. Surgirá daí uma atitude diferente à respeito das coisas da vida. O mesmo é verdadeiro no que concerne as  emoções negativas.
Quando você está  enfadado, não se deixe  centrar na pessoa que possa ter te despertado a ira. Deixe que esta pessoa permaneça na periferia de tua consciência. Converta-se em um aliado de tua ira, ou na própria ira em sí. Prove-a em sua totalidade, deixe-a viver dentro de você. Não a racionalize, não diga "ele ou ela é a causa de minha ira", não culpe a pessoa porque ela somente é a situação. Ela acertou um ponto, e naquele ponto  havia uma ferida escondida. Agora já o sabes, converta-se na própria ferida , pouco a pouco, esta vai se dissolvendo para sempre.
É possível inclusive vivenciar a morte, e então a morte não mais existirá. Se és consciente do teu corpo que morre, como se você  estivesse se direcionando para o centro de tudo e dissolvendo-se, si és capas  de viver inclusive isto, então terás se  convertido em imortal. Ao entrar no sexo entras numa espécie de morte. Si és capas de entender que o sexo é uma morte sutil nos braços de tua amante, o nos braços do cosmos, a morte pode chegar a converter-se em um grande orgasmo.

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