terça-feira, 31 de julho de 2018

O principio do "nada criativo".



                Hoje em dia estamos sendo assaltados por um serie de descobertas desconcertantes, como se alguém tivesse retirado a tampa do baú da genialidade humana. Não obstante os descalabros em sentido ao contrário que me fazem depositar "muita fé" (perdão pela licença poética) no princípio involutivo ( não se trata de um erro, é apenas um novo verbete de criação própria, e aqui colocado de forma bem pensada.) da humanidade.
                Na área quântica então parece que entramos em uma revolução por hora, são os bóson de higgs a nos dizer que um campo ou uma partícula básica de criação, os strangelets a fundir a mente dos seus descobridores a cada choque de micro partículas atômicas enquanto se tenta entender porque diabos uma partícula precisa ser tão anômala a cada lugar em que se manifesta, e por aí vai.
                E eu tenho a impressão de que esta corrida de genialidade e descobertas esta em um crescente, e de que ela não vai parar. Por um lado isto é bom, afinal teremos daqui para frente mais pessoas com a mente presa em descobrir fontes de energia limpa por exemplo, do que ligadas a exploração de combustíveis fosseis, mas por outro lado, tendemos a criação de tanta informação que chegaremos a uma hora de que teremos um "big crunch", uma quebra, uma ruptura, provocada pelo excesso de informação não trabalhada.
                Não tenho idéia de onde poderá  nos levar esta Babel de informações, e para nos defendermos deste desfecho pouco salutar só vejo  uma solução, e por isso deixo aqui um aviso.
                Não podemos nunca nos deixar levar por um frenesi de descobertas tipo um bando de tubarões em frenesi alimentar, estamos trabalhando sempre com partículas menores que o átomo que continuam mantendo um comportamento altamente caótico, a mecânica quântica pode se parecer com tudo, menos com uma mecânica ao pé da letra. Talvez não exista um ordenação mínima a nos apegarmos para o entendimento de seu funcionamento.
                Estamos lidando com o caos, e este não precisa de explicação. Mas se parece com uma folha de papel em branco como esta na qual escrevo este texto, ele aceita tudo aquilo que quisermos imprimir, até mesmo palavras inexistentes como a colocada acima e que tanto chocaram vossos olhos ao por ela passar.
                Isto mesmo, qualquer expressão é cabível no caos e uma vez aceita por ele, ela se torna um expressão valida e contextual tal qual a palavra criada, ela agora existe para mim e para todos que leram esta resenha, ela agora faz o maior sentido mesmo ainda não tendo sido colocada em um dicionário, mas ela esta lá, vocês que a leram se lembraram dela, um dia em um papo, em um cafezinho ou qualquer outro momento aprazível ou não.
                Aqui esta o grande paradoxo que estamos temerariamente perdendo de vista. o paradoxo do "nada criativo".
                E se não estivermos descobrindo nada, e em nosso contato com o caos estejamos somente imprimindo nele nossas expressões mais internas, e nos deixando levar por egos inflamados confundindo meras "paginas impressas no caos quântico" com "descobertas sobre o funcionamento do caos" ? Não existe uma verdade absoluta, pois tudo é real. A física quântica nos mostra a cada dia que se foi pensado então existe.
                Se mudarmos o paradigma e ao invés de denominarmos tudo o que se observa como descoberta passarmos a ver a coisa com o enfoque de criação ? Esta poderia ser uma ótima solução. Pois assim estaríamos nos adaptando a lidar com um novo universo ao invés de simplesmente tentar desmontar  aquilo que ainda nem arranhamos no entendimento.
                Se já conseguimos observar o "vácuo quântico" (onde vemos que há o vazio de vazio, e um comportamento estranho nesta lacuna de tudo), e também se obter "Pedras do tempo" (o primeiro estado da não matéria), então podemos tentar simplesmente fazer mesas de vácuo quântico e jogar dados feitos de pedras do tempo sobre ela.
                Claro que aqui me expressei de forma alegórica. Mas fica esta pequena dica a quem interessar possa. No meu modo de ver, estamos somente começando nosso trato com o caos, e creio que devemos nos aproveitar disto.
                Devemos tomar consciência neste momento de nosso poder criativo e de o quanto podemos fazer com ele, a janela foi aberta, basta somente expiarmos a paisagem lá fora, ver o dia bonito que podemos criar para dai tomarmos coragem de abrir a porta de casa e vir para a rua brincar com a inspiração.
                No campo das ciências devemos ser sérios, mas no plano quântico não podemos ser tão rígidos com relação aos resultados. Afinal o que é quântico, é ao contrario do que é mecanicista, logo fica a dica, não devemos levar a vida tão a serio , afinal não conseguiremos sair vivos dela de qualquer maneira.

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