Para aqueles que se comprazem com a
ortodoxia de determinadas doutrinas, venho com este texto abalar um pouco estas
fortes estruturas de conhecimento.
Hoje
em dia muito se diz sobre a doutrina maçônica, onde seus catecismos antes
simbólicos para muitos hoje espelham verdades absolutas. Estes esquecem que a
maçonaria nos seus graus mais básicos.compostos pelos graus de Aprendiz,
Companheiro e mestre maçons, que em minha visão são os graus reais desta
milenar organização, sendo os demais, sem desfazer de sua importância na atualidade,
apenas extensões egoicas de simbolismos aportados em toda a sua extensão nos três
primeiros supra citados, eram nada mais nada menos que alegorias, e tanto o é
que estes graus são conhecidos como "simbólicos".
Mas
vamos deixar de conversa sobre a minha abordagem sobre a integridade dos graus maçônicos
e as mudanças sofridas por eles ao longo das décadas e vamos dar uma olhada em
novos (como vão ver possivelmente antiguíssimos) postulados que hoje não são
mais abordados em templos.
Devemos
aqui como ponto focal desta idéia estabelecer que "não existe real
conhecimento maçônico sem o mínimo de conhecimento de bases cabalísticas".
Isto não quer dizer que a maçonaria seja obra de Judeus, mas sim, nos empresta
a validade de que a maçonaria é detentora de segredos bastante antigos e por
isso se explica as lendas de perseguições sofridas pelos seus membros.
Se
pararmos para estudar os símbolos maçônicos com uma visão mais holística sobre
eles, poderemos ver alguns erros crassos que hoje em dia são perpetrados. Um
deles diz respeito ao símbolo do Supremo Conselho do Rito Escocês Antigo e
Aceito, onde todos afirmam ver uma águia bicéfala. Ao Olharmos com carinho
poderemos entender que não se trata de uma Águia e sim de uma animal mítico
denominados de "Fenix", este animal tem estreita relações com o símbolo
do Grau 33 que é o "SOL" (guardem bem esta parte).
Este
Mítico ser ganha nas reapresentações maçônicas uma assinatura impar, que é a
bicefalía, e esta marca se dá por um motivo até simples. Afinal todos sabem que a maçonaria é
"uma casa de São João", mas afinal, qual João ? Conhecemos afinal de
contas dois com esta alcunha, sendo um o "Batista" e o outro o
"Evangelista". A marca representativa da Fenix nos faz entender que
neste caso falamos das duas pessoas ao mesmo tempo, sendo o "Batista"
o símbolo do conhecimento pretérito e o "Evangelista" o olho atento
para o futuro.
Agora
vamos a um outro ponto interessante. Ao darmos uma olhada mais carinhosa e
menos dogmática sobre esta Augusta Ordem, nos será fácil perceber que seus símbolos
nos apontam que o fito de sua existência trata da melhoria do ser humano
enquanto neste plano de existência. Diferentemente das ordens esotéricas tanto
do "Velho" quanto do "Novo" Aeon que se espelham em
proclamar o desenvolvimento do ser humano no plano espiritual a Maçonaria se
faz como a defensora da mônada humana enquanto sociedade.
Aí
que entra o conhecimento cabalístico para endossar esta posição.
a
arrumação cabalística do Templo :
Sephira
|
Cargo
|
Kether
|
Venerável mestre
|
Binah
|
Orador
|
Hockma
|
Secretário
|
Daaht
|
Altar dos Perfumes
|
Tipharet
|
Mestre de Cerimônias
|
Chesed
|
Tesoureiro
|
Geburah
|
Hospitaleiro
|
Hod
|
Irmão segundo vigilante
|
Netzach
|
Irmão primeiro vigilante
|
Yesod
|
Guarda do templo
|
Malkut
|
Extinto cargo de (Guardião Externo)
|
Por
motivos de novos conhecimentos desenvolvidos de cunho cabalístico percebe-se
que ao contrário de 99% das publicações sobre o assunto não consideramos Daath
como uma casa vazia, e isto torna este estudo se levado mais a miúde ainda mais
interessante. Mas deixaremos estas considerações para uma outra oportunidade.
Aquele
pequeno altar que é colocado de lado em
todas as oficinas deveria na verdade ter um ponto central e muito cuidado em
sua colocação. Antigamente ele era chamado mais assertivamente de "Altar
dos sacrifícios" , e este sacrifício é feito com fogo, nisto temos a saudação
e os préstimos de reverencia a nossa ancestralidade, vindo diretamente do culto
a "Mitra" ( A chama que não se apaga).
As
três velas acesas de formas ritualística, diferenciando somente pelo ritual de
cada rito, são diretamente associadas as três sephiras supernas, que representam
o plano da espiritualidade mais alta, pois cabalisticamente encontram-se além
do "abismo" que representa a separação entre mundo mental e o mundo espiritual. Muitos
dizem que a cor das velas são em ordem de acendimento "Branca",
"azul" e "Vermelha".
Pois
bem, hoje em dia isto nada mais tem haver com a pratica do simbolismo original,
pois se fossemos cumprir esta parte da ritualística com a certeza e conhecimento
do que fazemos acenderíamos uma vela branca
para Kether, uma vela preta para
Binah e uma vela cinza para Hockma.
Mas o conhecimento oculto de saudação das Divindade cedeu lugar ao modismo sem
que ninguém fizesse menção ou um estudo mais aprofundado sobre este ato.
cada
Sephira também representa uma emanação divina, na minha visão cargos em loja
não deveria ser ocupados sem que as pessoas tivessem consciência daquilo que
iriam representar. Pois bem, não faremos aqui maiores considerações sobre cada
uma destas emanações, nem iremos citar os aspectos positivos e negativos de
cada uma delas, afinal muitos dos leitores poderão não ter o
conhecimento que positivo e negativo são apenas aspectos antagônicos
necessários a nossa mente dual.
Por
enquanto falemos apenas de Tipheret a sephira central que sustenta a arvore da
vida e que é representada em templo pelo "mestre de cerimônia".
Este
tem circulação ativa dentro de templo, ele vai desde de o plano cabalístico
mais básico de Assiah composto pelos cargos de primeiro e segundo vigilantes e
guarda do templo, que faz menção ao plano físico ao denominado mundo das formas.
Ele
também se transita livremente pelo mundo de briah, reconhecido como o mundo
mental onde se posicionam o tesoureiro e o hospitaleiro.
também te acesso ao plano espiritual de Athzilut
que é o plano dos deuses, onde ficam os cargos de secretario, Orador e
venerável mestre.
Assim
sendo temos no cargo de mestre cerimônias a representação da figura de Phrometeus
o que trouxe co conhecimento ou fogo ao ser humano. Esta seria a forma mais
básica de identificá-lo pelo momento, pois infelizmente o livre pensamento
encontra-se embotado por condições religiosas.
Como
dissemos lá no inicio, podemos até ver uma condição matemática muito
interessante. Hoje a maioria dos ritos tem 33 graus de ascensão. Dizem os escolásticos
eméritos da ordem que estes graus representam as 33 vértebras de nossas coluna,
isto até pode fazer algum sentido, visto que é dito que os operários do Templo
de Hiram trabalhavam sem fazer barulho, o que pode ser uma alusão as células de
nossos corpos. Mas e se, somente de brincadeira os 33 graus pudessem fazer uma
alusão a algo ainda mais significante ? Começamos o texto falando de não deixar
Daath como a casa vazia, assim contamos 11 Sephiras ao invés da 10 aceitas.
Assim sendo se multiplicamos o numero de graus que citamos como básicos e mais
completos pelo numero de Sephiras tornaremos a ter 33 ou seja, 11 sephiras X 3
Graus (aprendiz, companheiro e mestre), em analogia contrária poderíamos dizer
que estes graus básicos se repetem por 11 vezes, e este belo numero primo é um
numero áureo, então porque não dizer que os graus básicos se repetem pelos 11
universos hoje aceitos pela "Teoria da cordas" ?
Apesar
de ser um postulado bem simpático ao meu modo de ver , ainda é uma coisa que
carece de maiores estudos, mas isto é apenas algumas brincadeiras bem básicas
que podemos fazer sobre os antigos conhecimentos desta mui antiga ordem, que
hoje infelizmente se tornaram completamente esquecidos e fora do escopo de
pesquisa de todos.
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